Encontro Nacional dos Trabalhadores do Bradesco formaliza pauta específica de reivindicações

03/08/2021

Bradesco
Encontro Nacional dos Trabalhadores do Bradesco formaliza pauta específica de reivindicações

Emprego, saúde e segurança são os principais pontos da minuta específica de reivindicações definida no Encontro Nacional dos Trabalhadores do Bradesco, realizado nesta terça-feira, 3. O documento será encaminhado à direção do banco. “Nós queremos retomar a mesa específica de negociações para negociar o fim das demissões, principalmente durante a pandemia, e o retorno dos vigilantes nas unidades de negócios, que tem caixa eletrônico, onde funcionários já começam a sofrer ataques”, afirmou Magaly Fagundes, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco.

Os trabalhos do dia começaram pela manhã com uma análise de conjuntura feita pela presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. “Nós temos que discutir o Brasil que a gente quer, para pensar numa solução para este mundo que está tão doente. É importante falar do geral, para depois falarmos do específico. Olhando o geral para saber como vamos atuar por banco”, salientou.

Na sequência, o reflexo da pandemia na saúde do trabalhador entrou em debate. “O tema de saúde sempre foi muito importante para o movimento sindical bancário. Com a pandemia, ganhou ainda mais importância”, afirmou o palestrante Mauro Salles, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT.

Para encerrar os trabalhos na parte da manhã, o coordenador do Coletivo de Segurança Bancária da Contraf-CUT, Elias, Jordão, foi o convidado especial da mesa sobre unidades de negócio e segurança bancária. Para ele, “o ano de 2022 será fundamental para a segurança do bancário dentro das agências”.

No retorno do almoço, Gustavo Cavarzan, técnico da subseção do Dieese da Contraf-CUT, mostrou que o fechamento dos postos de trabalho e o de agências são dois dos principais pontos do lucro do Bradesco nos últimos meses. “O Bradesco está trocando agências por unidade de negócios, com menos bancários, menor estrutura de segurança o que aumenta seus lucros. A redução no emprego também chama atenção, principalmente, por ser em sua grande maioria de trabalhadores de agências”, explicou.

O teletrabalho também entrou na pauta. Os delegados e as delegadas do encontro nacional debateram a necessidade de negociar com o banco sobre o acordo de teletrabalho, assinado em 2020. “Precisamos rever pontos desde o acordo feito durante a pandemia e ajustar a necessidade do trabalhador que está há mais de um ano em home office”, explicou Magaly.

“Nós discutimos a fundo, nos encontros estadual e nacional, a dura realidade que estamos enfrentando. Precisamos manter os empregos, cuidar da saúde dos bancários e bancárias e rever o modelo das agências de negócios na questão da segurança. As ações e campanhas que já fizemos e seguimos promovendo já deram muitos resultados. Não podemos baixar a guarda e continuamos mobilizados e atentos a qualquer excesso. Para avançarmos, também é essencial que tenhamos responsabilidade para elegermos políticos que representam os trabalhadores e trabalhadoras”, afirmou Giovanni Alexandrino, funcionário do Bradesco e diretor do Sindicato.

 

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT

 

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