O Sindicato, juntamente com o Conselho de Representantes dos Funcionários do BDMG (Corep), se reuniu com representantes do setor de Recursos Humanos do banco nesta segunda-feira, 10, em Belo Horizonte. Na mesa, foram discutidas demandas dos funcionários e funcionárias.
O banco apresentou aos representantes dos bancários uma proposta para o Programa de Participação nos Resultados (PPR). Ela ainda não está fechada e precisa passar por instâncias superiores do BDMG e do estado de Minas Gerais, mas contempla reivindicações antigas dos bancários, como o pagamento linear para todos. O banco ficou de encaminhar a proposta para análise do Sindicato e do Corep e novas reuniões serão agendadas para tratar do tema.
“O Programa de Participação nos Resultados é uma reivindicação de funcionárias e funcionários que vem desde 2015. Vamos negociar com o banco para que ele seja democrático e justo para todos”, destacou Carlos Augusto Vasconcelos (Mosca), diretor do Sindicato.
Conforme reivindicado pelos bancários na minuta de reivindicações específicas de 2019, o banco também apresentou o relatório de risco ergonômico elaborado por uma empresa contratada. O documento apontou dados importantes sobre as condições de trabalho dos bancários e o setor de RH se comprometeu a continuar atuando na prevenção de risco de doenças ocupacionais.
Ainda conforme a minuta de reivindicações, os representantes dos bancários solicitaram a realização de uma pesquisa de fatores de pressão no trabalho. O BDMG informou que contrataria uma empresa para realizar a pesquisa, incluindo outros pontos a serem pesquisados.
Os trabalhadores reforçaram a reivindicação, argumentando que a pesquisa é fundamental para que o RH possa ter clareza sobre o que não está fazendo bem aos funcionários e atue para diminuir a pressão no trabalho. O BDMG se comprometeu a analisar e avaliar a aplicação do questionário.
Também seguindo a minuta de reivindicações de 2019, os representantes do RH do banco informaram que, juntamente com a área de patrimônio, estão tomando as providências necessárias para garantir a acessibilidade do 11º andar e do auditório do prédio que sedia a instituição. Segundo o BDMG, o processo está na fase de recebimento de propostas e orçamentos para a realização de obras.
Os trabalhadores também cobraram o banco sobre a implantação do pós-emprego, conforme o artigo 49 do Regulamento do Pró-Saúde, para os funcionários oriundos do concurso de 2011. O BDMG, porém, manteve sua decisão de não atender a essa reivindicação. Segundo o banco, seu departamento jurídico entende que o benefício é inviável financeiramente e pode ser retirado. O Sindicato destacou que tomará todas as providências necessárias para que os direitos dos bancários sejam mantidos.
“Entendemos que direito é sagrado e não pode ser retirado dos trabalhadores. Se o banco garantia isso no contrato de trabalho dos bancários, ele não pode simplesmente retirar esse direito”, afirmou Ramon Peres, que é diretor do Sindicato e também participou da negociação desta segunda-feira.
Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região