O Banco Inter, mais uma vez, frustrou funcionárias e funcionários ao anunciar que não tem condições de pagar a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) 2022, devido ao prejuízo contábil de R$ 14,079 milhões divulgado no último balanço. Em reunião nesta terça-feira, 14, na sede do Sindicato, os representantes dos trabalhadores reivindicaram o pagamento de bônus ou gratificação como forma de reconhecimento aos esforços dos bancários.
No quarto trimestre de 2022, com muito trabalho da categoria, o Inter conseguiu reverter boa parte do prejuízo acumulado nos trimestres anteriores. Porém, não houve sensibilidade ou bom senso da alta direção do banco. A legislação e acordos sobre a PLR determinam que, se uma empresa não tem lucro, não há o que pagar aos funcionários. Mas é importante que se demonstre, cristalinamente, a inexistência de resultados positivos, o que é reforçado na Lei 10.101/2000, que regulamenta a PLR.
Para Marco Aurélio Alves, diretor do Sindicato, ao anunciar que não pagará nada aos trabalhadores, o Banco Inter mostra total falta de sensibilidade. “Em nota à imprensa, o CEO do Banco Inter afirmou que o ano de 2022 foi incrível, com vários marcos que reforçam o sucesso do negócio e que foram conquistados 8,3 milhões de novos clientes. Porém, na hora de reconhecer e pagar um bônus aos funcionários, tira o corpo fora”, afirmou.
Ramon Peres, presidente do Sindicato, ressaltou que, “embora o Inter não tenha atingido lucro em 2022, ele deve levar em consideração o resultado entregue pelos funcionários e o cumprimento de metas ao longo de todo este período. Mesmo que, neste momento, o banco apresente prejuízo, os números já começam a apresentar melhoras justamente pelo empenho de bancárias e bancários”.
