CAIXA: em que pé estão as negociações para caixas e tesoureiros
24/01/2025
Caixa Econômica Federal
A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da CAIXA se reuniu, na terça-feira, 21, para tratar de diversos assuntos de interesse das empregadas e empregados. Entre eles, a negociação pendente, desde a Campanha Nacional dos Bancários de 2024, sobre questões específicas de caixas e tesoureiros.
O tema era para ter sido solucionado em até 50 dias após a assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico dos empregados, mas as negociações estão emperradas porque o banco insiste em uma proposta de redação que não deixa claro que o acordo deve apenas prevenir litígios futuros. Isso dá abertura para o banco usar o acordo em disputas já em andamento, o que não condiz com o que foi negociado durante a Campanha Nacional.
“O que havíamos negociado é que não haveria ataques ao que os empregados já estão reivindicando na Justiça. As regras passariam a valer daqui pra frente. Mas não é isso o que a Caixa está propondo”, observou o coordenador da CEE/Caixa, Rafael de Castro.
De acordo com Eliana Brasil, diretora do Sindicato e representante da Contraf-CUT na CEE, o banco precisa retomar as nomeações efetivas, que garantem os direitos específicos da função, para evitar novos passivos trabalhistas. “Se existem empregados cumprindo essas tarefas com nomeações por minuto, é sinal de que há a necessidade de mais pessoas nestas funções”, observou. “E estas novas nomeações não podem estar atreladas à retirada de direitos daqueles que já são efetivos. Como diz o ditado, ‘não podemos descobrir um santo para cobrir o outro’”, completou.
Futuro da função
De acordo com Rafael de Castro, diante dos avanços tecnológicos, é importante discutir o futuro da CAIXA e do emprego bancário, levando em conta que o perfil de cliente da CAIXA sofre com a falta de acesso à tecnologia e, em alguns casos, com a inabilidade para realizar tarefas pelo smartphone. “A enorme quantidade de golpes financeiros sofridos pelo brasileiro é uma prova disso. Por isso, ainda é preciso que haja agências físicas da Caixa e empregados para atender a população de forma adequada, com respeito e dignidade”, disse.
Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT