Fotos: Alessandro Carvalho
Em mais um Dia Nacional de Luta em Defesa dos Bancos Públicos, o Sindicato realizou um ato nesta quarta-feira, 13, em frente ao prédio do Banco do Brasil localizado na rua da Bahia, 2500, em Belo Horizonte. Os trabalhadores destacaram a importância da luta em defesa dos bancos públicos, como o Banco do Brasil e a CAIXA, contra o desmonte promovido pelo governo Temer.
Durante a manifestação, que contou com a participação de bancários de base do BB, os trabalhadores cobraram respeito e criticaram a possível reestruturação preparada pelo Banco do Brasil que foi divulgada pela mídia antes mesmo que a categoria fosse informada.
Na última sexta-feira, 8 de dezembro, o Correio Braziliense publicou informações não oficiais sobre um novo processo de reestruturação a ser realizado pelo BB. Há cerca de um ano, o mesmo jornal publicou antecipadamente os detalhes sobre a última reestruturação que foi implementada.
A matéria atribui as informações a “interlocutores ligados ao presidente do BB” e aponta a intenção do banco de aumentar a terceirização, criar novo plano de demissão incentivada, forçar a transferência de funcionários para outras localidades, implantar remuneração por venda de produtos, reduzir despesas de pessoal, criar mais escritórios digitais, fechar agências ou transformá-las em postos de atendimento.
“É fundamental que façamos uma grande mobilização para combater os seguidos ataques do governo Temer aos trabalhadores e ao Banco do Brasil. A participação significativa de funcionárias e funcionários no ato desta quarta-feira mostrou que é possível deixar de se omitir na luta para organizar a resistência e defender nossos direitos”, afirmou o funcionário do BB e diretor do Sindicato, Helberth Ávila.
Escritórios digitais
Os trabalhadores também denunciaram que o Banco do Brasil segue negando que o trabalho nos escritórios digitais seja equivalente ao de telemarketing, mesmo que funcionárias e funcionários trabalhem durante toda a jornada com atendimentos telefônicos. Sendo assim, o banco vem descumprindo a NR 17 do Ministério do Trabalho, que regulamenta o trabalho em tele atendimento/telemarketing.
Descomissionamentos
Outra denúncia é a de que o BB vem promovendo o descomissionamento de trabalhadores que têm sentenças favoráveis na Justiça em ações de 7ª e 8ª horas. Os bancários afirmaram que, desta forma, o banco tenta cercear a ação de funcionários que buscam, na Justiça, a reparação de direitos trabalhistas descumpridos pelo próprio Banco do Brasil.
Não à reforma da Previdência
Os trabalhadores também criticaram, durante o ato, a reforma da Previdência proposta por Temer. O projeto pretende dificultar a aposentadoria dos brasileiros e, ao contrário do que diz o governo, não combate privilégios.
Além de acabar com a aposentadoria por tempo de contribuição e aumentar a idade mínima para se aposentar, a reforma pretende diminuir o valor dos benefícios e proibir o acúmulo de pensão por morte e aposentadoria.
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