Negociação sobre Saúde Caixa supera dois impasses

Negociação sobre Saúde Caixa supera dois impasses

 

A reunião de negociação entre a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal e o banco sobre o plano de assistência à saúde dos empregados (Saúde Caixa), ocorrida na tarde desta sexta-feira 10 de setembro avançou em aspectos importantes para os trabalhadores. Mas, começou com as entidades de representação ressaltando as premissas inegociáveis.

“Realizamos um congresso faz poucos dias, no qual os empregados deixaram claro que o modelo de custeio do Saúde Caixa precisa considerar o princípio da solidariedade e não a individualização. Por isso, não podemos aceitar que a cobrança seja feita levando-se em conta a idade, por exemplo. Tampouco serão aceitas alterações que, na prática, apliquem a CGPAR 23, mesmo ela tendo sido derrubada no Congresso Nacional. Mantemos nossa posição no modelo de custeio de 70/30”, informou a coordenadora da CEE/Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt.

O primeiro ponto superado foi com relação à diferença entre as projeções de custo realizadas pelas assessorias atuariais contratadas pelo banco e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae). Há uma diferença de aproximadamente R$ 40 milhões entre elas. Ficou acertado que será utilizada uma média entre as duas projeções.

Outro impasse superado com a negociação desta sexta-feira foi com relação à paridade do custeio (50/50). Esta era uma imposição que estava sendo colocada pela CAIXA com base na CGPAR 23. Na verdade, já não era obrigatória a utilização da resolução. Mas, agora, ela perdeu por completo seus efeitos. Não tem motivo para que a paridade no custeio seja mantida. Os representantes dos empregados defenderam o modelo 70/30, com a CAIXA arcando com 70% dos custos e os empregados com 30%. Este é um ponto que já havia sido colocado na reunião anterior, mas que agora o banco confirmou que não haverá a imposição da paridade no custeio.

Outro ponto colocado pela representação dos empregados foi com relação ao calendário de aprovação da proposta de custeio do Saúde Caixa. O banco impõe um calendário apertado, que não permite a apresentação e debate da proposta pelos empregados.

A representação dos empregados afirmou que não existe a possibilidade de aprovação de qualquer proposta pelos empregados da Caixa sobre o plano de assistência à saúde sem que haja análise cuidadosa e debate sobre cada um dos pontos. Ressaltou também que é preciso estender este calendário em, pelo menos, uma semana.

A CAIXA concorda com a ampliação do prazo de uma semana, mas disse que precisa analisar a íntegra da proposta para o acerto no calendário. Nesta segunda-feira,13 de setembro, às 15h, será realizada nova reunião sobre o Saúde Caixa.

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT

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