Movimento sindical bancário defende monopólio da CAIXA na avaliação de penhor

Movimento sindical bancário defende monopólio da CAIXA na avaliação de penhor

O movimento sindical bancário, por meio da Contraf-CUT defendeu, na quarta-feira, 12, durante audiência pública realizada pela Comissão de Direito Econômico da Câmara dos Deputados, o arquivamento do Projeto de Lei 230/2019, que acaba com a exclusividade da CAIXA e autoriza instituições financeiras privadas a realizar operações de penhor.

Para o secretário-geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga, é preciso entender o motivo de o Congresso Nacional ter declarado a exclusividade da CAIXA realizar operações de penhor. “Hoje, as taxas médias de juros da operação de penhor na CAIXA estão na ordem de 2,19% ao mês. Uma taxa de juros bem inferior ao que o mercado bancário e as fintechs praticam para as operações de empréstimo. Assim, a CAIXA gera uma facilidade para o cidadão, que busca uma agência da CAIXA com algum bem de valor e consegue um empréstimo de forma simplificada e com uma baixa taxa de juros”, afirmou.

Apesar de a CAIXA possuir linhas de crédito com taxas maiores, como o crédito pessoal, empregadas e empregados orientam os cidadãos para a taxa de juros mais baixa. Isto ocorre por se tratar de um banco público, que deve cumprir seu papel social e atuar com uma lógica distinta dos bancos privados.

O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Sergio Takemoto, também destacou o caráter social e acessível do serviço prestado pela CAIXA e seus empregados, que têm expertise para operar o serviço. “São os únicos do país com essa capacidade e conhecimento técnico constantemente aprimorado para fazer as avaliações e prestar um excelente serviço à sociedade brasileira”, disse.

Para o secretário de Relações do Trabalho e responsável na Contraf-CUT pelo acompanhamento da tramitação de projetos de interesses da categoria, Jeferson Meira (Jefão), o projeto se traduz em mais uma tentativa de enfraquecer a CAIXA. “É mais uma proposta de parlamentares privatistas que defendem o Estado mínimo, que não oferece os serviços adequados à população que mais precisa do auxílio do governo”, disse. “Mas é preciso estarmos atentos, pois transferindo o serviço de penhor para a iniciativa privada há um grande risco de transformar essa atividade, tão segura e bem oferecida pela CAIXA, em uma agiotagem desenfreada, além de abrir espaço para criminosos realizarem operações de lavagem de dinheiro”, alertou.

 

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT

 

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