Dia da Igualdade Salarial chama a atenção para o abismo entre homens e mulheres

18/09/2024

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Dia da Igualdade Salarial chama a atenção para o abismo entre homens e mulheres

Nesta quarta-feira, 18, a Organização das Nações Unidas (ONU) comemora o Dia Internacional da Igualdade Salarial, data instituída, em 2019, com o objetivo de chamar a atenção para a persistente desigualdade salarial entre homens e mulheres. O marco, celebrado anualmente, reflete a preocupação da ONU com o lento avanço no empoderamento econômico feminino e a desvalorização de profissões tradicionalmente exercidas por mulheres.

Relatórios internacionais reforçam a dimensão do problema. O Fórum Econômico Mundial (FEM) projeta que serão necessários 257 anos para eliminar a disparidade econômica entre homens e mulheres, caso o ritmo atual de progresso seja mantido. As barreiras estruturais, como a falta de serviços de cuidado infantil e o difícil acesso ao capital, dificultam a trajetória das mulheres no mercado de trabalho. Em média, elas dedicam o dobro do tempo em atividades de cuidado e trabalho voluntário, o que limita suas oportunidades econômicas e de empreendedorismo.

Brasil avança com nova legislação e categoria bancária é vanguarda

No Brasil, medidas recentes buscam reduzir a disparidade salarial entre homens e mulheres. Em 3 de julho deste ano, foi sancionado o Projeto de Lei nº 1.085, que estabelece regras mais rígidas para combater a desigualdade salarial. A nova legislação exige que empresas com mais de 100 funcionários apresentem relatórios semestrais com informações sobre a remuneração de homens e mulheres, facilitando a comparação entre salários e a transparência nos critérios de pagamento.

A igualdade salarial foi um tema amplamente discutido durante a Campanha Nacional dos Bancários 2024 e as trabalhadoras conquistaram avanços importantes na nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Foram adicionadas as cláusulas 130 e 131, com repúdio à discriminação salarial e compromisso de “apoio à mitigação da desigualdade salarial entre mulheres e homens”.

Além disso, a automação e a exclusão tecnológica figuram entre os principais obstáculos enfrentados pelas trabalhadoras, havendo escassez de mulheres nas áreas de maior crescimento salarial. Por isso, a CCT 2024-2026 prevê o fornecimento de 3.000 bolsas para curso de introdução à programação para capacitar mulheres e contribuir para que mais trabalhadoras sintam-se motivadas com a área de tecnologia.
 

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com CUT Brasil

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