Itaú ignora sofrimento dos funcionários após redirecionamento de beneficiários do INSS

28/10/2024

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Itaú ignora sofrimento dos funcionários após redirecionamento de beneficiários do INSS

Descaso, irresponsabilidade e insensibilidade. É isso que o Itaú demonstra diante das denúncias de sobrecarga de trabalho após o direcionamento de pensionistas do INSS para suas unidades. Após ser cobrado pelo Sindicato, que enviou ofício solicitando a suspensão temporária das metas nas unidades afetadas, o banco se negou a realizar mudanças e menosprezou o sofrimento a que têm sido submetidos seus funcionários e funcionárias.

Na resposta enviada ao Sindicato, o Itaú alegou que “apesar do aumento no fluxo, esses novos clientes também representam diversas oportunidades para alcance das metas”, deixando claro que só se importa com os lucros e que a saúde dos trabalhadores vale menos que o atingimento de resultados.

O banco tratou com descaso as cobranças do Sindicato e a realidade de inúmeras agências pelo Brasil, afirmando que “o Gera trabalha com uma cesta de benefícios (já explicado em reuniões passadas), o que facilita o alcance das metas, sem focar exclusivamente em um único produto”.

“Queremos deixar claro que o Itaú desrespeita não apenas bancárias e bancários, como também seus clientes e beneficiários do INSS. A realidade é de filas intermináveis, trabalhadores extremamente sobrecarregados e o banco quer, ainda, que eles ‘enfiem’ produtos nos novos clientes, um público principalmente de pessoas idosas. É desumano”, denunciou Valdenia Ferreira, funcionária do Itaú e diretora do Sindicato.

O presidente do Sindicato, Ramon Peres, que também é funcionário do Itaú, destacou que, por mais que o redirecionamento dos beneficiários não seja culpa do banco, é preciso ter sensibilidade diante desta situação. “Da noite para o dia, funcionárias e funcionários viram seu número de atendimentos diários se multiplicar e, além de tudo, têm que bater metas altíssimas impostas pelos gestores. Exigimos que o Itaú respeite os trabalhadores e coloque em prática os discursos bonitos dos comerciais de TV. Chega de exploração”, afirmou.

 

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