VERGONHA! Deputados irresponsáveis aprovam projeto que ameaça a vida de bancários e clientes

Foi um verdadeiro show de horrores a sessão da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) que aprovou o Projeto de Lei 434/2023 nesta quarta-feira, 28 de maio, por 33 votos (SIM) a 16 (NÃO). O Sindicato protestou contra a proposta, de dentro do plenário, e acompanhou com perplexidade a votação vergonhosa. Veja, no Instagram, o vídeo com um resumo da sessão plenária.

Tanto o autor quanto o relator da proposta, Charles Santos (Republicanos) e Roberto Andrade (PRD), expuseram argumentos falaciosos que apenas reproduzem o discurso dos bancos. Os parlamentares tiveram a audácia de subir à tribuna para dizer que a proteção a bancários e clientes não é necessária e que o fim dos dispositivos de segurança representará a abertura de mais unidades bancárias.

“É mentira em cima de mentira. Se os bancos impuseram o projeto e pressionaram os deputados pela aprovação, é claro que o objetivo é diminuir seus gastos. Então, como um banco, que sequer quer gastar com uma porta giratória, vai abrir mais unidades depois do PL 434 ser sancionado?”, questionou Ramon Peres, presidente do Sindicato.

O projeto altera a lei 12.971/1998, que obriga a instalação de dispositivos de segurança, como as portas giratórias, nas agências e postos de serviços dos bancos em que não haja guarda de numerário. Além disso, o PL 434 permite que vigilantes utilizem coletes de menor eficiência e proteção.

Emendas rejeitadas

A deputada Beatriz Cerqueira (PT) apresentou duas emendas ao projeto, após conversas com o Sindicato, para garantir a segurança da categoria e toda a população. As modificações visavam obrigar a instalação dos dispositivos de proteção onde houver numerário, mas também em unidades com "acesso à rede de informações para transações financeiras pelos empregados ou a bancos de dados da instituição, bem como quando houver caixas eletrônicos instalados no interior do estabelecimento ou contíguos aos ambientes de atendimento".

As emendas, porém, foram rejeitadas pelo plenário da ALMG, nesta quarta-feira, 28, com 31 votos contrários e 14 a favor.

“Fizemos a articulação junto à parlamentar Beatriz Cerqueira para tentar impedir a aprovação do texto como estava, retirando a proteção das pessoas e permitindo a proliferação da violência nas agências de negócios, além de novos crimes como o cangaço digital. Porém, a insensibilidade da maioria dos parlamentares prevaleceu na votação”, destacou Mônica Brull, diretora do Sindicato que integra o Coletivo Nacional de Segurança da Contraf-CUT.

Veja, abaixo, a lista completa dos parlamentares que votaram contra a vida de bancárias, bancários e clientes:

• Adalclever Lopes (PSD)
• Alencar da Silveira Jr. (PDT)
• Amanda Teixeira Dias (PL)
• Antônio Carlos Arantes (PL)
• Arlen Santiago (Avante)
• Betinho Pinto Coelho (PV)
• Bosco (Cidadania)
• Bruno Engler (PL)
• Carlos Henrique (Republicanos)
• Cassio Soares (PSD)
• Charles Santos (Republicanos)
• Chiara Biondini (PP)
• Coronel Henrique (PL)
• Delegada Sheila (PL)
• Delegado Christiano Xavier (PSD)
• Doorgal Andrada (PRD)
• Doutor Wilson Batista (PSD)
• Dr. Maurício (Novo)
• Duarte Bechir (PSD)
• Grego da Fundação (PMN)
• Gustavo Valadares (PMN)
• Ione Pinheiro (União Brasil)
• João Magalhães (MDB)
• Leandro Genaro (PSD)
• Lincoln Drumond (PL)
• Lud Falcão (Podemos)
• Marli Ribeiro (PL)
• Noraldino Júnior (PSB)
• Rafael Martins (PSD)
• Roberto Andrade (PRD)
• Sargento Rodrigues (PL)
• Thiago Cota (PDT)
• Zé Guilherme (PP)