Sindicato denuncia práticas abusivas do Santander em dia de Jornada Internacional

Bancárias e bancários do Brasil e outros países da América Latina estão unidos, nesta quinta-feira, 26, para denunciar as práticas absurdas do Santander contra funcionários, funcionárias e clientes. Em Belo Horizonte, o Sindicato promoveu um funeral simbólico, no Edifício Toro, em memória dos empregos, das agências e dos direitos que vêm sendo vítimas do banco.

Na mobilização, o Sindicato instalou cruzes que representam as unidades fechadas, além de um caixão e uma coroa de flores simbolizando a cultura de morte promovida pelo Santander. Um carro de som também circulou pela região central de Belo Horizonte expondo à população a irresponsabilidade social do banco.

“Desde 2019, apenas na nossa base de BH e região, já foram 37 agências fechadas. Clientes estão enfrentam grandes dificuldades para conseguir atendimento presencial. Já os bancários e bancárias estão adoecendo com tanta sobrecarga de trabalho, metas, medo das demissões e das terceirizações. É um banco sem qualquer respeito com os trabalhadores e a população brasileira”, denunciou Wagner dos Santos, funcionário do Santander e diretor do Sindicato.

O banco, que tanto lucra no Brasil, tem substituído trabalhadores bancários por funcionários de empresas coligadas e controladas pela holding Santander, com direitos inferiores e fora da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária. A prática pode se configurar como contratação fraudulenta e gera revolta entre trabalhadoras e trabalhadores.

A Jornada Internacional de Luta foi organizada pela UNI Finanças, visando combater práticas que se repetem em diversos países, com precarização das condições de trabalho, dos serviços e do atendimento, além de práticas antissindicais cometidas pelo Santander.