Câmara Municipal de BH debate fechamento de agências e terceirizações no Santander
29/07/2025
Santander
Em audiência pública realizada nesta terça-feira, 29 de julho, na Câmara Municipal de Belo Horizonte, o Sindicato denunciou práticas abusivas adotadas pelo Santander, como o fechamento indiscriminado de agências e as terceirizações que retiram direitos. O debate foi realizado, após pedido da entidade junto ao mandato do vereador Pedro Patrus (PT), na Comissão de Direitos Humanos, Habitação, Igualdade Racial e Defesa do Consumidor, presidida pela vereadora Juhlia Santos, que também participou da audiência.
O presidente do Sindicato, Ramon Peres, que integrou a mesa da audiência, criticou a postura do Santander no Brasil e a prática fraudulenta de transferir funcionários para outras empresas, retirando deles a proteção da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Além disso, o banco tem fechado dezenas de agências e deixado a população sem opção de atendimento presencial, além de sobrecarregar funcionárias e funcionários.
Ramon aproveitou o momento para lembrar da importância do voto para combater a precarização de direitos. “É hora de aprender a votar em quem nos defende, ter um voto certo, aprender a enxergar quem são as pessoas e propostas que vão disputar as eleições. Muitos pedem o voto dos bancários e das bancárias e, depois de eleitos, atuam contra o interesse da categoria, rasgam direitos e jogam contra o emprego”, ressaltou.
Além do presidente do Sindicato e dos vereadores Juhlia Santos e Pedro Patrus, a mesa foi composta pela diretora do Sindicato Paula Moreira, que integra a Comissão de Organização de Empregados (COE) do Santander, a coordenadora da COE, Wanessa Queiroz, o presidente da CUT Minas, Jairo Nogueira, o presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Rodrigo Britto, a diretora da Fetec-CUT/CN, Eliza Espíndola, o presidente do Sindicato dos Bancários de Patos de Minas, César Rodrigues, e o superintendente regional do Ministério do Trabalho em Minas Gerais, Carlos Calazans.
Em sua fala, Paula Moreira fez uma apresentação com dados que mostram, inclusive, divergências nos dados do Santander junto ao Banco Central. Em Belo Horizonte, constam 54 agências abertas sob supervisão do Bacen, quando na realidade há apenas 22 funcionando efetivamente. Na avenida Afonso Pena, número 1500, por exemplo, são oito códigos diferentes de agências no mesmo endereço.
“Temos que pensar em qual é o papel de um banco. Ele recebe autorização do Banco Central para operar no país e tem que atuar com responsabilidade social, ética e respeito aos trabalhadores. E é justamente o contrário disso que vem acontecendo no Santander”, refletiu Paula.