Sindicato promove ato contra fechamento de agências em Dia Nacional de Luta dos funcionários do Bradesco
19/11/2025
Bradesco
O Sindicato promoveu uma mobilização, nesta quarta-feira, 19, contra o fechamento de unidades do Bradesco. O ato faz parte de um Dia Nacional de Luta e aconteceu na Agência Savassi (0513), onde também funciona a Diretoria Regional do banco em Minas Gerais.
Durante a mobilização, houve a distribuição de materiais impressos para a população e diálogo com bancárias e bancários que trabalham na unidade. O Sindicato instalou, ainda, a “Porta do Inferno” em frente à agência, como metáfora para as condições precárias enfrentadas pela categoria e pelos clientes do banco.
De acordo com um levantamento do Dieese, o Bradesco é responsável por 38% das agências bancárias fechadas no Brasil entre junho de 2024 e junho de 2025. Neste período, o banco fechou 342 agências, 1002 postos de atendimento e 127 unidades de negócio, deixando a população sem atendimento e promovendo a precarização do trabalho bancário.
Bradesco fecha as portas e aumenta o isolamento financeiro
A redução do atendimento físico afeta diretamente a população que não está familiarizada com os meios digitais, gerando a exclusão destas pessoas. Algumas cidades do interior, por exemplo, ficaram sem nenhuma agência do Bradesco, fazendo com que os clientes precisem realizar longos deslocamentos para encontrar atendimento presencial. Além disso, o Bradesco ocupa o terceiro lugar no ranking de reclamações do Banco Central, o que reforça o descompromisso do banco com seus clientes.
“O fechamento de agências é um problema grave que traz como consequência a demissão de bancárias e bancários. Somente nos três últimos anos, o Bradesco fechou 35 agências e mais de 100 postos de atendimento em Belo Horizonte e Região e demitiu cerca de 450 trabalhadores. É inadmissível essa postura do Bradesco, que aumenta seu lucro ano após ano”, destacou Giovanni Alexandrino, funcionário do Bradesco e diretor do Sindicato.
Ramon Peres, presidente do Sindicato, lembra que esta postura não condiz com o lucro bilionário do banco. "Apenas nos nove primeiros meses de 2025, o Bradesco lucrou R$ 18 bilhões, o que representa alta de 28,2% em relação ao mesmo período de 2024. Diante de resultados tão expressivos, as demissões e os fechamentos expõem apenas o lado mais cruel do Bradesco", afirmou.