Em reunião nesta quarta-feira, 10, o Sindicato e o Conselho de Representantes dos Funcionários do BDMG (Corep) voltaram a discutir a pauta específica de reivindicações com o banco. O BDMG apresentou respostas para as demandas e os trabalhadores questionaram alguns pontos, principalmente sobre a progressão de carreira, o instituto do plano de saúde no pós-emprego e a Gestão de Desempenho.
Representando o Sindicato, participaram o presidente Ramon Peres e o diretor Kennedy Santos. O Corep foi representado por Marcos Tadeu de Souza. Já o BDMG foi representado por Marcela Brant (diretora Comercial de Pessoas e Produtos), Virgínia Lima (superintendente de Gestão de Pessoas e Patrimônio) e Kelly (Relações Trabalhistas).
Veja, abaixo, cada um dos itens discutidos:
Alteração da regra de escolha para representante dos funcionários no Conselho de Administração (CAD), eliminando a Lista Tríplice: os trabalhadores reforçaram a cobrança de que seja formalizada, em normativo, a indicação do mais votado para o CAD. O banco afirmou que a atual gestão vem adotando esta conduta e que a regulamentação segue modelo praticado na administração pública.
Garantia de Progressão e Promoção aos empregados / Garantir a Participação Por Resultados (PPR), aprimorando os critérios de distribuição: o BDMG argumentou que, tanto a progressão/promoção dos funcionários quanto a PPR estão condicionadas a avaliação técnica e financeira periódica. O Sindicato e o Corep discordaram desta posição e afirmaram que, se é possível prever verbas de outros setores, é também possível prever a progressão dos bancários e a PPR. Os representantes dos trabalhadores deixaram claro que discordam da forma como o Plano de Carreira funciona atualmente.
Criar condições de acessibilidade ao 11º andar: a banco informou que entregou a acessibilidade interna dos auditórios Paulo Camillo e Marco Túlio no ano passado e que está prevista, para dezembro de 2021, a entrega da plataforma elevatória do 10º para o 11º andar.
Divulgação do relatório de risco ergonômico: o BDMG afirmou que o último relatório foi realizado em 2019 e que, conforme reivindicação dos trabalhadores, o próximo incluirá questões relacionadas ao teletrabalho.
Retomada do instituto do plano de saúde no pós-emprego: apesar de cobranças reiteradas do Sindicato e do Corep, o banco afirmou que não irá rever seu posicionamento e que aguarda decisão judicial sobre o tema. Os representantes dos funcionários destacaram que é muito ruim que o BDMG prefira judicializar uma questão que envolve a saúde e a vida dos trabalhadores, principalmente quando se aposentam.
Indicação do Corep para compor o Comitê de Gestão de Pessoas: o banco alegou que as políticas de gestão de pessoas são discutidas, de forma recorrente, com o Corep. Já outras questões abordadas no Comitê abrangem assuntos protegidos por sigilo e sensíveis, impedindo a participação de órgãos com representantes externos ao BDMG.
Envio tempestivo de projetos ao Corep: o banco se comprometeu a enviar ao Corep as propostas relacionadas às políticas de pessoas, assim que concluídas as avaliações técnicas pertinentes.
Discussão do processo de terceirização no Banco: sobre as terceirizações, o BDMG afirmou que todas elas observam a legislação e a jurisprudência, preservando as atividades relacionadas aos cargos previstos no Plano de Cargos e Salários (PCS).
Alteração no programa de Gestão de Desempenho: os representantes dos trabalhadores questionaram a inclusão de cláusula que permite demissão sem justa causa no Programa de Gestão de Desempenho, sem abertura de Processo Administrativo. Apesar de o BDMG alegar que a situação está dentro da lei, o Sindicato e o Corep denunciaram que este é um instrumento de ameaça e intimidação contra funcionárias e funcionários.
Discussão da carreira dos técnicos de desenvolvimento: sobre a cobrança para que se discuta a carreira dos técnicos em desenvolvimento, o BDMG afirmou que está aberto ao recebimento de propostas e de discussão.
