Trabalhadores debatem SuperCaixa, volta do VPN e futuro da CAIXA

Trabalhadores debatem SuperCaixa, volta do VPN e futuro da CAIXA

O Grupo de Trabalho Caixa do Futuro, formado por empregadas e empregados indicados pelas entidades sindicais e por representantes da CAIXA, se reuniu, pela primeira vez, nesta quinta-feira, 31. O grupo foi pensado para refletir sobre soluções de defesa do caráter público banco, valorização e manutenção dos direitos dos empregados e para o bom atendimento aos clientes.

“Temos que pensar a CAIXA do futuro tendo em conta o bom atendimento aos clientes, que nós empregados da CAIXA sempre nos orgulhamos de fazer. Com atenção a esta relação de proximidade, de humanidade, que o banco público sempre teve e precisa continuar tendo. Um banco com produtos voltados para as reais necessidades das pessoas, que se vendem sozinhos, sem ter que ser ‘empurrados’ aos clientes, para que se batam as metas de vendas estabelecidas pelo banco”, disse o coordenador da representação das empregadas e empregados, Rafael de Castro, que é diretor da Contraf-CUT. 

Foco no cliente - O banco fez uma apresentação sobre sua “cultura organizacional”, ressaltando que o propósito da CAIXA é “transformar a vida das pessoas”, sendo indispensável ao Brasil, atuando com agilidade, eficiência e centralidade no cliente. E que, nesta cultura organizacional, “cooperar é melhor do que competir”.

Super Caixa - Outro ponto apresentado pela CAIXA foi com relação ao programa de premiação Super Caixa. O banco disse se tratar de uma premiação concedida aos empregados das redes de varejo e atacado como reconhecimento pelo desempenho superior ao ordinariamente esperado e que se trata de uma liberalidade do banco. Porém, o movimento sindical observa fatores adoecedores nesta modalidade de premiação e destaca a necessidade de criação de critérios objetivos. 

Os representantes dos trabalhadores observaram que a remuneração do empregado está condicionada à entrega de 100% no resultado.caixa da sua unidade, e também ao índice de satisfação do cliente (CSAT) e de Negócios Sustentáveis (NS), o que pode prejudicar o empregado, ainda que ele tenha entregue 100% da meta individual. Outra mudança que, segundo a representação dos empregados, pode prejudicar os trabalhadores é que o pagamento está atrelado à remuneração base (RB). Além disso, deixa de ser trimestral e passa a ser semestral. O teto por semestre passa a ser de até quatro RBs. Antes era de até R$ 50mil por trimestre. 

Outra revisão pedida pela representação dos trabalhadores foi com relação ao absenteísmo. O banco disse que as ausências prejudicam apenas do nível das Superintendências Regionais para cima, mas os empregados observaram que se as superintendências são prejudicadas elas fazem pressão nos níveis inferiores. Ou seja, mesmo que não oficializado, há prejuízo também os níveis mais baixos.

VPN - Os empregados questionaram o banco sobre a volta do funcionamento da Rede Virtual Privada (VPN) que está desativada e impede o trabalho remoto (home office). A volta do funcionamento da VPN está prevista para acontecer nesta sexta-feira, 1° de agosto. 

Outros assuntos - A representação dos empregados também apresentou outros questionamentos para que a CAIXA traga respostas na próxima reunião. Entre elas a disponibilização, ou não, de celulares para o uso do App de visitas PJ, a falta de estrutura para o retorno ao trabalho presencial dos empregados que realizam as atividades em formato remoto e questões relacionadas à reestruturação de agências (digitais, novos formatos de agências).

 

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT

 

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