Em reunião virtual realizada nesta segunda-feira, 6 de dezembro, o Sindicato cobrou da direção do banco Inter a solução de denúncias de funcionários sobre os baixos valores referentes ao Programa Complementar de Participação nos Resultados (PCPR), além de denúncias de bancários que estão sendo cobrados em relação ao telemarketing e sobre dificuldades de marcação de ponto nos terminais.
Representando os trabalhadores estiveram presentes o presidente do Sindicato, Ramon Peres e o diretor regional da entidade, Marco Aurélio Alves. Representando o banco Inter, participaram André Jacques, Thais Leite e Naiara Cruz.
Sobre os valores do PCPR, o Sindicato cobrou que todos os cargos sejam valorizados na distribuição dos resultados. Diversos trabalhadores relataram insatisfação com a distribuição desigual do PCPR, já que alguns cargos gerenciais estão ganhando bem mais do que os cargos de supervisores e assistentes.
Trabalhadores relataram que existem casos em que funcionários receberam apenas R$ 25,00 do programa o que, de forma alguma, reflete todo esforço e dedicação com a superação das metas impostas e com o crescimento do banco. Para o Sindicato, o esforço é de todos os bancários, independentemente do cargo exercido e por isso é fundamental que o programa seja revisto para o próximo ano. Os representantes do Inter afirmaram que o bancou estuda a antecipação das negociações do programa de 2022.
Em relação à denúncia que o Inter está tratando os assistentes de atendimento como operadores de telemarketing, o banco afirmou que “todo seu trabalho de Call Center se encontra fora das dependências do banco e que as atividades e cobranças são distintas, mas que todas as denúncias serão apuradas e respondidas ao Sindicato”.
Sobre a marcação de ponto nos terminais, o Sindicato denunciou que os funcionários estão sendo obrigados a chegar bem mais cedo às suas máquinas, muitas delas lentas, e também estão encontrando dificuldade para o acesso aos locais de trabalho pelos elevadores do prédio. O Inter afirmou que os acessos aos elevadores já foram remanejados e que já estuda a implementação do controle da jornada de trabalho via aplicativo de celular.
Para Marco Aurélio Alves, diretor regional do Sindicato e representante dos bancários nas negociações como o banco Inter, grande parte dos funcionários do banco nasceu depois da internet e é preciso dialogar com esses trabalhadores de uma maneira eficiente e na linguagem deles. “Precisamos estar sempre ao lado dos funcionários, falar a língua da categoria e estar atentos às reais demandas de bancárias e bancários. É dessa forma que vamos mostrar ao banco a importância da valorização de todos os funcionários na distribuição dos lucros e por condições dignas aos trabalhadores”, afirmou.
“Atualmente, com a vida dos funcionários cada vez mais corrida e com o uso frequente das redes sociais e de aplicativos de mensagens, o Sindicato está se renovando e ocupando estes novos espaços. Todas as denúncias e sugestões dos funcionários recebidas pelo Sindicato, serão levadas à direção do banco Inter, garantindo o sigilo e cobrando a apuração imediata, buscando sempre melhorias e benefícios para os trabalhadores”, ressaltou o presidente do Sindicato, Ramon Peres.
Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região