13 de maio: dia da abolição da escravatura não é de comemoração, mas de reflexão

13/05/2022

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13 de maio: dia da abolição da escravatura não é de comemoração, mas de reflexão

O dia 13 de maio, data oficial da abolição da escravatura no Brasil, não é comemorado como dia da libertação de negras e negros. Para lideranças dos movimentos sindical e negro, ao assinar a Lei Áurea, em 1888, a Princesa Izabel não garantiu sobrevivência digna para os sequestrados no continente africano, escravizados durante anos, libertados e jogados nas ruas apenas com a roupa do corpo. A data deve servir, então, como dia de reflexão sobre as reais condições de vida dessa população no Brasil não somente naqueles tempos, mas também nos dias de hoje.

Atualmente, no mercado de trabalho, negras e negros têm salários mais baixos, ocupam os postos de trabalho mais precarizados e são a maioria dos desempregados. Segundo o IBGE, o desemprego entre os negros é 71% maior que entre a população branca.

A média salarial para mulheres negras é inferior, de R$ 1.334 contra R$ 2.060 de mulheres não negras. Para os homens negros, a média salarial é de R$ 1.540 contra R$ 2.397 de não negros. Os dados mostram que a mulher negra, principalmente, está na base da pirâmide social brasileira.

Além disso, o racismo se revela todos os dias e muitos casos têm vindo à tona na mídia nas últimas semanas. O próprio presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que promove um desmonte das políticas de combate ao racismo, promove atitudes e falas racistas. Nesta quinta-feira, 12 de maio, ele se dirigiu a um apoiador negro e questionou "Tu pesa o quê? Mais de sete arrobas, né?", citando a unidade de medida utilizada para animais.

Neste 13 de maio, o Sindicato reforça que a mobilização pela visibilidade das pautas negras, pela inclusão e contra o racismo deve ocorrer no cotidiano e passa, também, pela eleição de representantes que promovam políticas públicas de combate às desigualdades.

 

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com CUT Nacional

 

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