O Sindicato se reuniu com o Banco Inter, nesta quinta-feira, 14 de julho, para receber as respostas sobre as reivindicações dos funcionários apresentadas na última reunião.
Licença-maternidade - O banco manteve a postura intransigente de afastamento de somente quatro meses e não quer ampliar a licença para seis meses, conforme prevê a Convenção Coletiva de Trabalho 2020/2022. É importante observar que o Inter tem, hoje, 48% do seu quadro pessoal de mulheres e, no ano de 2020, foram 26 afastamentos de mulheres por licença-maternidade que não usufruíram deste benefício. O Sindicato, representado pelo seu presidente Ramon Peres, afirmou que esta postura, infelizmente, caminha na contramão de todos os outros bancos do país de reconhecer o direito das bancárias de poderem ficar mais tempo com seus filhos e de valorizar o seu papel de mãe.
ANBIMA - O banco acatou a reivindicação do Sindicato e entendeu que os bancários que precisam da certificação da ANBIMA poderão fazer a prova e ter o valor reembolsado em caso de aprovação.
Auxílio educacional - O Sindicato cobrou do banco que construa um auxílio educacional para todos os funcionários. O Inter disse que ainda não tem uma definição sobre o assunto. Ficou acordado que o Sindicato vai construir uma proposta de Acordo Coletivo e encaminhar para o banco e, na primeira quinzena de agosto, a instituição dará uma resposta.
Telemarketing - O Sindicato tem recebido várias denúncias de que o Inter anuncia vagas no mercado como se fosse para bancários, mas, na hora de contratar, a vaga é de telemarketing. O RH do banco, que estava presente na reunião, disse que dará resposta sobre o assunto na primeira quinzena de agosto e afirmou que essa pratica não é política do banco.
Finais de semana e feriados - Outra demanda cobrada pelo Sindicato foi em relação aos trabalhos aos sábados, domingos e feriados. O Sindicato recebeu uma denúncia grave de que o banco obrigou bancários a assinarem um aditivo de contrato em que consta que o funcionário pode mudar, a qualquer momento, a jornada de trabalho.
“Isto contraria a CLT e a Convenção Coletiva de Trabalho. Colocamos isso para o banco, de forma muito enérgica, e o Inter disse que vai realizar a análise deste aditivo, pedindo para o Sindicato apresentar uma proposta em relação à jornada de trabalho nestes dias. Propomos que, primeiro, temos que suspender este aditivo que o banco colocou para todo mundo assinar. Depois, temos que manter a escala de funcionários conforme a hora que eles fizeram o acordo. Temos também que garantir a manutenção de 100% do pagamento de horas extras nos domingos e feriados e de duas folgas semanais para os funcionários de escala”, afirmou o presidente do Sindicato, Ramon Peres.
Para Ramon, esses pontos são importantes porque os funcionários que eram contratados antes tinham direito a duas folgas e, de repente, o banco cortou o direito de forma unilateral. “Que estes funcionários que tinham direito à folga e o banco cortou sejam reembolsados financeiramente. E que o banco o banco avise, com no mínimo 60 dias de antecedência, qualquer alteração na escala de trabalho dos funcionários”, ressaltou o presidente do Sindicato.
Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região