Sindicato repudia decisão do Banco Central de manter taxa de juros em 13,75%

23/03/2023

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Sindicato repudia decisão do Banco Central de manter taxa de juros em 13,75%

O Sindicato dos Bancários de BH e Região se manifesta totalmente contrário à manutenção da taxa básica de juros (Selic) no altíssimo patamar de 13,75%. A decisão anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) nesta quarta-feira, 22 de março, demonstra, mais uma vez, que a política adotada pelo órgão vai contra os interesses do Brasil e do povo brasileiro.

A chamada autonomia do Banco Central vem se mostrando, cada vez mais, como uma submissão ao rentismo e à concentração de renda. Ao manter juros tão altos - os mais elevados do mundo em termos reais – o BC freia o desenvolvimento do país e a retomada do crescimento econômico, da geração de empregos e do aumento na renda dos brasileiros e brasileiras.

Com a manutenção da Selic a 13,75%, mesmo com apelos populares e do governo federal, o Copom desrespeita o projeto de país eleito democraticamente em 2022. Para o Sindicato, a atuação coordenada entre o Banco Central e o governo é fundamental para aquecer o consumo e os investimentos, assim como viabilizar a construção de políticas públicas que levem mais saúde, alimento, educação e dignidade à população.

Queremos a redução da Selic para diminuir as despesas do governo com os juros da dívida pública, para que estes recursos sejam revertidos para áreas essenciais e não acabem nas mãos de grandes bancos e fundos. Da mesma forma, os juros mais baixos beneficiarão o setor produtivo e trarão mais acesso dos brasileiros ao crédito, aquecendo o consumo e destravando a economia nacional.

“A decisão do Banco Central mostra um descolamento da realidade. Esta não é a política escolhida pelo povo nas últimas eleições. Permitir que tanto dinheiro essencial para investimentos sociais escoe para as mãos de rentistas é ignorar as necessidades reais da população. Continuamos mobilizados para exigir juros baixos já!”, afirmou Ramon Peres, presidente do Sindicato.

 

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