Ditadura nunca mais: 31 de março é lembrança do horror e um chamado para a defesa da democracia

O dia 31 de março de 1964 marcou o início de décadas de sofrimento e ataques aos direitos fundamentais do povo brasileiro. A ditadura militar, que se estendeu por 21 anos, deve ser lembrada como um alerta para a importância da resistência contra o autoritarismo, da defesa permanente da democracia e da Constituição cidadã de 1988.

Mesmo quase 60 anos após o golpe militar, a democracia brasileira se viu, recentemente, colocada contra a parede. Durante todo o último governo, ameaças veladas e também diretas às instituições se tornaram comuns. O descrédito do sistema eleitoral e acusações infundadas de fraude nas urnas foram elementos que buscaram instalar o caos no país, culminando no trágico dia 8 de janeiro de 2023, com atentados violentos às sedes dos três poderes.

Mas a democracia brasileira resistiu, assim como outras vezes no passado. O Sindicato dos Bancários de BH e Região, com seus 90 anos, é um exemplo desta resistência. Logo no início da ditadura militar, por exemplo, a categoria bancária sofreu um ataque à sua liberdade, com a instalação de uma junta governativa indicada por militares para ocupar o Sindicato. Foi a união de trabalhadoras e trabalhadores que permitiu a sobrevivência da entidade diante de desmandos, torturas e mortes que aterrorizaram o país.

Aqueles que resistiram à ditadura militar não eram criminosos ou terroristas, como muitas vezes o discurso da extrema-direita tenta fazer parecer. Eram pais e mães de família, estudantes, bancários, professores, trabalhadores de todos os tipos e pessoas comuns que brigaram, bravamente, por um país digno.

E é este é o exemplo que deve ficar. Neste 31 de março, o Sindicato reforça que os anos sombrios do regime militar não podem ser esquecidos, justamente para que não voltem a ocorrer. Ditadura nunca mais!