Governo retoma comissão de segurança privada sem participação de trabalhadores do ramo financeiro

28/09/2023

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Governo retoma comissão de segurança privada sem participação de trabalhadores do ramo financeiro

O governo federal vai retomar a Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP), voltada para o estudo, proposição e aperfeiçoamento de soluções para a segurança bancária, bem como a fiscalização da área. O restabelecimento foi publicado no Diário Oficial da União desta terça-feira, 26.

Porém, a nova versão da CCASP não contará com a participação da Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), como era antes de ser revogada pelo governo Bolsonaro. Participarão representantes da Polícia Federal, dos bancos e dos vigilantes.

“Consideramos positiva a decisão do governo Lula de retomar a CCASP, mas vemos como um grande defeito a exclusão dos representantes dos trabalhadores bancários na composição do fórum. Este governo e o Ministério da Justiça precisam dar um aspecto democrático ao conselho. Por isso a atual gestão foi eleita. A representação dos trabalhadores não pode estar em desequilíbrio em relação aos representantes patronais, que têm interesses bem diferentes dos trabalhadores de modo geral”, afirma Carlos Damarindo, secretário de Cultura da Contraf-CUT.

O secretário de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Elias Jordão, informou que a Confederação irá enviar um ofício para reivindicar a participação na CCASP. “A medida é positiva, mas a bancada dos trabalhadores não está totalmente contemplada. Nós queremos a nossa participação”.

Portas giratórias – Outro problema apontado pelo movimento sindical bancário é a edição, pelo Ministério da Justiça, da portaria 18045/23, que desobriga portas giratórias de segurança em agências que não movimentam numerário. A medida vai na contramão do que têm cobrado os sindicatos para defender a vida da categoria. Por isso, a intenção é marcar uma audiência com o ministro Flávio Dino, para mostrar a importância de manter os equipamentos de segurança.

 

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT

 

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