Sindicato questiona proibição do uso de micro-ondas na nova sede do Banco Mercantil

Recentemente, o Banco Mercantil mudou sua sede para um local moderno na Savassi, região nobre de Belo Horizonte. Porém, apesar de o local contar com cozinhas equipadas com micro-ondas, fogão por indução e forno elétrico, nenhum funcionário, segundo denúncias, está autorizado a utilizá-las, com o argumento de que odores de alimentos poderiam incomodar outras pessoas.

Em ofício, o Sindicato cobrou que o Mercantil apresente alternativas que preservem o direito do trabalhador previsto na Norma Regulamentadora (NR) 24, que trata das condições de higiene e conforto nos locais de trabalho. Ela estabelece que a empresa deve garantir, nas proximidades do local para refeições, meios para conservação e aquecimento de marmitas, assim como local e material para lavagem de utensílios usados.

“De que adianta o Banco Mercantil investir milhares de reais em cozinhas, totalmente equipadas, se nenhum funcionário poderá utilizá-las? Seria, segundo a expressão, só para inglês ver?”, questionou um funcionário que preferiu não se identificar.

Marco Aurélio Alves, funcionário do Mercantil e coordenador nacional da COEBMB, destaca que um local para esquentar as refeições e se alimentar no prédio é extremamente importante para os trabalhadores, pois muitos restaurantes da região da Savassi são extremamente caros. "Além do mais, alguns funcionários necessitam de dietas especiais e a marmita vinda de casa é uma excelente opção saudável", observou.

"A localização do prédio, em uma avenida com trânsito muito pesado, também é um dificultador e torna a caminhada perigosa até na hora do almoço. Por isso, cobramos do Mercantil mais sensibilidade e que autorize o uso das cozinhas pelos funcionários”, explicou Vanderci Antônio da Silva, funcionário do banco e diretor do Sindicato.