Com o objetivo de combater o racismo e as desigualdades sociais, bem como celebrar a cultura afro-brasileira, novembro é o Mês da Consciência Negra. O dia 20 de novembro também se destaca como uma data importante, pois marca a morte de Zumbi dos Palmares, liderança histórica na luta pelos povos afrodescendentes no Brasil.
Essas celebrações surgiram como uma maneira de relembrar que, apesar de extinta há 135 anos, a escravidão ainda tem reflexos nas estruturas sociais e institucionais do país. Cenário que gera impactos à população negra em diversos âmbitos, como no acesso à educação e no mercado de trabalho.
No Brasil, negras e negros representam 55,8% da população, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC) de 2022. No entanto, segundo o perfil do ramo financeiro elaborado pela Contraf-CUT, ainda são minoria na categoria bancária e ocupam apenas 25% dos postos de trabalho.
Esses dados refletem uma realidade que afeta trabalhadores de todas as áreas e impactam, principalmente, as mulheres. Um levantamento do Dieese, em 2023, demonstrou, por exemplo, que as mulheres negras são as mais prejudicadas no mercado de trabalho, com maiores taxas de desemprego e com menores salários. Enquanto o rendimento médio mensal de um homem não negro é de R$3.708,00, o de uma mulher negra é de R$2.774,00.
O Mês da Consciência Negra é um momento importante para a reflexão e o incentivo à promoção de políticas de combate ao racismo e à desigualdade, por melhores oportunidades de emprego e equidade salarial.
Visibilidade Negra - Nos dias 10 e 11 de novembro, a Secretaria de Combate ao Racismo da Contraf-CUT promove o VII Fórum Nacional pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro, em Porto Alegre (RS). O evento contará com debates voltados para a luta contra a discriminação no sistema financeiro. Veja a programação completa do evento no site da Contraf-CUT.