Após depreciar a atividade sindical, Mercantil se retrata em comunicado interno

Após qualificar diretores dos sindicatos como uma “movimentação estranha” em suas dependências, o Banco Mercantil se retratou nesta quarta-feira, 6 de março. Em comunicado interno de 12 de janeiro, a instituição havia adotado postura antissindical ao cobrar de funcionários que reportassem a presença de dirigentes sindicais a superiores. Ao saber do fato, o Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região requereu intermediação junto ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e, com a pressão, o Banco Mercantil acatou a necessidade de retratação.

"A retratação do Banco Mercantil é mais uma conquista das bancárias e dos bancários e também de todos os sindicatos. Não somos uma ‘movimentação estranha’ dentro das unidades, como o comunicado tentou nos depreciar, mas sim a representação legítima dos trabalhadores, zelando pelo cumprimento dos direitos trabalhistas previstos na legislação e na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT)", afirmou Marco Aurélio Alves, funcionário do Mercantil e Coordenador Nacional da Comissão de Organização dos Empregados (COEBMB).

"A sindicalização é um direito do trabalhador e um verdadeiro exercício de cidadania. Os sindicatos são os representantes dos funcionários junto ao Banco Mercantil e sindicalizar-se significa participar de ações que valorizam o ofício de cada funcionária e funcionário dentro e fora da empresa", destacou Vanderci Antônio da Silva, funcionário do Banco e diretor do Sindicato.

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Veja, abaixo, a íntegra da retratação do Mercantil:

O Banco Mercantil do Brasil S/A vem se retratar pelo comunicado publicado em seus canais internos no dia 12 de janeiro de 2024, onde, equivocadamente, expressou que o Sindicato, representado por seus Diretores, são “pessoas estranhas” em suas dependências, devendo a presença desses ser imediatamente reportada aos superiores.

Portanto, o Banco Mercantil do Brasil S/A reafirma que o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Belo Horizonte e Região, representado por seus Diretores, é sempre bem-vindo em suas dependências, não se tratando de pessoas estranhas, bem como esclarece ser desnecessário reportar a sua presença aos seus superiores, demonstrando o respeito aos dirigentes sindicais, zelando pela liberdade Sindical e livre associação de seus empregados, direito este garantido pelo art. 8º, caput, III, da Constituição Federal.