Movimento sindical avalia medidas para impedir transferência de loterias da CAIXA
17/04/2024
Caixa Econômica Federal
Nesta quarta-feira, 17, a CAIXA emitiu comunicado ao mercado e à sociedade em geral, informando que seu Conselho de Administração decidiu migrar a operação de loterias para uma subsidiária. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) estão mobilizadas para tentar barrar a mudança.
Para o presidente da Fenae, Sergio Takemoto, a medida representa um ataque ao banco. “Nós temos defendido o fortalecimento da CAIXA e a modernização do parque tecnológico de todo o banco para enfrentar os futuros desafios. E o que nós vemos com essa medida é a retirada de uma operação importante com a argumentação de que visa modernizá-la”, destacou.
As entidades estão avaliando, com sua assessoria parlamentar e jurídica, medidas para evitar os prejuízos que a transferência das loterias pode causar ao banco e à sociedade em geral. Desde o mês passado, quando Conselho de Administração da CAIXA convocou reunião, em caráter de urgência, para debater a proposta de transferência, já se busca apoio de parlamentares contra a ação.
Após articulação do movimento sindical, e a pedido da deputada Erika Kokay (PT/DF) e do deputado Tadeu Veneri (PT/PR), foi realizada uma Audiência Pública na Câmara dos Deputados, no dia 3 de abril, para debater o assunto. A Contraf-CUT e a Fenae encaminharam, também, ofício ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e trabalhadores do banco público realizaram ato em Brasília para barrar a medida.
As loterias federais são operadas exclusivamente pela CAIXA, desde 1962, e cerca de 40% da arrecadação são destinados para áreas como saúde, seguridade social, esporte, cultura, segurança pública e educação. Em 2023, dos R$ 23,4 bilhões arrecadados, R$ 9,2 bilhões foram direcionados para essas áreas sociais.
Texto: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Fenae e Contraf-CUT