COE cobra explicações do Itaú sobre fechamento de agências e punições

25/04/2024

Itaú
COE cobra explicações do Itaú sobre fechamento de agências e punições

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu com a direção do banco, nesta quarta-feira, 24, em São Paulo, para debater emprego, fechamento de agências, realocação e distribuição de funcionários e punições referentes à falta de certificações Anbima. A funcionária do Itaú e diretora de Saúde do Sindicato, Valdenia Ferreira, integra a COE e participou das discussões.

O banco apresentou levantamento do primeiro trimestre de 2024, quando 2.655 trabalhadores foram contratados e 1.861 demitidos. O movimento sindical aponta que as demissões são gerais, mas as contratações estão muito concentradas na área de tecnologia. Entre os desligados citados, não estão trabalhadores que pediram demissão.

“A terceirização é outro problema. O banco está passando por um processo que precisa parar. É muito prejudicial aos trabalhadores, pois eles são demitidos e recontratados por outras empresas com salários e benefícios inferiores”, afirmou Jair Alves, coordenador da COE Itaú.

Fechamento de agências

O Itaú informou que, de janeiro a maio de 2024, 127 agências serão encerradas. Dessas, 90 já foram fechadas e 37 estão em processo. Dos trabalhadores contidos neste universo (1.775), 93% foram realocados, 1% pediu demissão e 6% foram demitidos. “É inadmissível termos um número tão alarmante em tão pouco tempo”, indignou-se Jair, ao relatar que questionou os critérios de escolha das agências fechadas. “Eles explicaram que todas as agências pagam suas próprias despesas, e a partir daí é feita a avaliação”, revelou.

Para o movimento sindical, o método adotado pelo Itaú prejudica não apenas os trabalhadores bancários, mas também a população que tem que se deslocar cada vez mais para ter atendimento bancário.

Anbima

A COE cobrou a revisão das penalidades que estão sendo impostas para os trabalhadores que não conseguiram os certificados Anbima necessários. O tema será aprofundado em próximos encontros.

GERA

O movimento sindical se comprometeu a apresentar uma proposta de mudanças para o banco no programa de remuneração GERA na próxima reunião, marcada para 5 de junho.

 

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT

 

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