Saúde Caixa: banco apresenta dados insuficientes para análise

Saúde Caixa: banco apresenta dados insuficientes para análise

A CAIXA não apresentou as informações solicitadas pelos representantes dos empregados no GT Saúde Caixa para a análise e discussão de soluções para os problemas apontados pelos usuários do plano de saúde. A maioria das informações apresentadas pelo banco já haviam sido divulgadas no Relatório de Administração do Saúde Caixa, disponível no site da Central de Atendimento do plano.

“A Caixa não atendeu as demandas que já havíamos apresentado durante as negociações, e que haviam sido reforçadas nos ofícios que mandamos para o banco em janeiro e agora, na semana passada. Além disso, as informações que nos trouxeram não nos permite avançar nas soluções necessárias”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da CAIXA, Fabiana Uehara.

Melhoria na rede 

Ainda não há resposta sobre a implementação das Gerências e Representações Regionais de Pessoas (Gipes e Repes, respectivamente), tampouco dos comitês regionais de credenciamento e descredenciamentos, que podem contribuir com a melhoria do atendimento aos usuários e da rede credenciada. Segundo a CAIXA, o andamento do processo está aguardando a análise de espaços para locação e composição de equipes. Mas o banco não soube responder quantas Gipes serão e em quais localidades elas serão instaladas. 

Valorização do GT

Também foi cobrado que o banco aja com maior responsabilidade com o GT e o trate como espaço de debate para solução dos problemas do plano. “Este espaço é muito importante para nós, empregadas e empregados. Existem problemas que afetam o tratamento da nossa saúde e outros que podem prejudicar a manutenção do Saúde Caixa. Não basta o banco vir aqui, repassar as informações e não se dispor ao debate dos problemas e propostas de solução, que é a finalidade da existência do GT”, disse  Fabiana.

Dados insuficientes e inconsistentes

Além do Relatório de Administração do Saúde Caixa 2023, que já é público, o banco trouxe poucas informações referentes ao primeiro trimestre do ano. Segundo a CAIXA, no fechamento do trimestre, o Saúde Caixa possuía 280.583 usuários, com idade média de 44,07 anos. A rede credenciada possuía, ao final de março, 19.340 prestadores de serviço e, no período, foram realizados 1.004.659 atendimentos. Somadas as receitas (R$ 842,3 milhões) e despesas (R$ 916,6 milhões), o Saúde Caixa apresentou um déficit de R$ 74,3 milhões, com uma reserva técnica de R$ 104,4 milhões.

“Segundo os representantes da Caixa, o aumento nas despesas, que foi 24% que no primeiro trimestre do ano passado, está relacionado em sua maior parte ao aumento na utilização, que estaria relacionado ao crescimento de casos de dengue. No entanto, as informações apresentadas na reunião não são suficientes para confirmar a hipótese. Reforçamos a necessidade de que os dados disponibilizados aos empregados possibilitem um acompanhamento efetivo do plano”, disse o diretor de Saúde e Previdência da Federação Nacional das Associações do Pessoal da CAIXA (Fenae), Leonardo Quadros. 

A representação dos empregados também apontou inconsistências no relatório atuarial elaborado pela consultoria contratada pela Caixa, que não considerou as contratações previstas pelo concurso público em andamento e os efeitos do PDV, e cobrou sua revisão. Também cobrou a disponibilização dos dados primários, para análise por consultoria contratada pela representação dos empregados. 

 

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT

Outras notícias