A CAIXA anunciou, na noite de quarta-feira, 15, um lucro líquido recorrente de R$ 2,88 bilhões no primeiro trimestre de 2024, alta de 49,1% em comparação ao mesmo período de 2023 e de 0,5% em relação ao trimestre anterior. O lucro líquido contábil foi de R$ 2,462, impactado por despesas relacionadas ao Programa de Desligamento Voluntário (PDV) de 2024. Veja a análise completa feita pelo Dieese aqui.
A análise demonstrou que o banco reduziu 168 postos de trabalho no 1º trimestre do ano, frente ao aumento de 1,56 milhão de clientes. No final do primeiro trimestre, o quadro de pessoal do banco era de 86.794 empregados(as). “Com menos trabalhadores e um número muito maior de clientes, os colegas precisam superar os constantes problemas nos sistemas para que o banco obtenha bons resultados. Mas o custo é o aumento da sobrecarga que, somada ao assédio na cobrança de metas, tem levado muitos ao adoecimento”, avaliou o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da CAIXA e diretor da Contraf-CUT, Rafael de Castro.
Com uma carteira de R$ 754,3 bilhões, o crédito imobiliário, carro chefe da CAIXA, cresceu 14,4% em 12 meses. Com isso, o banco aumentou ainda mais sua participação neste segmento, com 67,7% do mercado, e desempenha função fundamental no financiamento da casa própria. A CAIXA também acelerou o crescimento do financiamento das operações de saneamento e infraestrutura e do agronegócio, com expansão de 2,9% em doze meses, totalizando R$ 100,3 bilhões. Entretanto, as operações de crédito comercial com pessoas físicas diminuíram 2,7%, somando R$ 134 bilhões.
“É preocupante que o crescimento se dê nas carteiras de crédito imobiliário e do agro mas se mantenha praticamente estagnado, na carteira comercial para pessoas físicas e jurídicas. Há milhões de pessoas sem conta em banco. A CAIXA precisa contribuir com a bancarização do país e, durante a apresentação do balanço, foi dito que os investimentos na área administrativa ficaram abaixo do provisionado. Ou seja, a CAIXA tem competência e espaço para crescer. Falta apenas investir na contratação de pessoal e melhoria de tecnologia. Dinheiro tem pra isso”, analisou o coordenador da CEE.
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Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT