Comando Nacional e Fenaban debatem soluções para o adoecimento mental da categoria nesta sexta-feira, 25
24/04/2025
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A saúde e as condições de trabalho da categoria vão estar em pauta nesta sexta-feira, 25, na Mesa de Saúde entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Os representantes dos trabalhadores vão cobrar soluções urgentes para o crescente adoecimento mental das bancárias e bancários.
Os dados comprovam a gravidade do cenário. Embora representem apenas 0,8% do emprego formal no Brasil, os bancários concentram uma parcela expressiva dos afastamentos por doenças relacionadas ao trabalho, especialmente quando se trata de transtornos mentais. Segundo informações da plataforma Smartlab, com base em registros do INSS, somente em 2024 foram registrados 168,7 mil afastamentos acidentários no país. Destes, 2,81% ocorreram na categoria bancária.
Mais do que os números absolutos, chama atenção o tipo de adoecimento que afasta esses profissionais: as doenças mentais e comportamentais. Em 2024, elas representaram 55,9% dos afastamentos acidentários na categoria e 51,8% do total de afastamentos previdenciários.
A situação é ainda mais crítica entre os bancos múltiplos com carteira comercial, que ocupam a 1ª posição entre os afastamentos acidentários por saúde mental, com 1.946 registros. Outros setores financeiros também aparecem entre os mais afetados. Os bancos comerciais e a CAIXA figuram na 6ª e 7ª posições, respectivamente, em afastamentos acidentários por transtornos mentais, com 269 e 253 casos.
Vale ressaltar que este cenário marca uma mudança significativa em relação a 2012, quando os afastamentos entre bancários eram motivados majoritariamente por doenças osteomusculares e do tecido conjuntivo, que somavam 48,9% naquele ano.
“Não podemos mais ignorar a saúde mental. Os bancos precisam parar de tratar o sofrimento dos trabalhadores como algo invisível e assumir a responsabilidade sobre o impacto que seus modelos de gestão têm causado na vida dos trabalhadores. A saúde mental e física dos bancários deve ser prioridade. Vamos seguir exigindo políticas efetivas de prevenção e cuidado e pressionar por compromissos reais e não apenas promessas”, conclui Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT.
Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT