Coletivo Nacional de Segurança Bancária alinha propostas para negociação com a Fenaban e prepara seminário nacional
10/07/2025
Notícias
O Coletivo Nacional de Segurança Bancária da Contraf-CUT se reuniu, nesta quinta-feira, 10, para debater as principais preocupações e propostas relacionadas à segurança no setor financeiro. O encontro serviu para alinhar os pontos que serão levados à mesa de negociação com a Fenaban, prevista para agosto, e também definiu uma data indicativa para o Seminário Nacional de Segurança Bancária, que deve ocorrer em novembro. O Sindicato foi representado, na reunião, pela diretora Mônica Brull.
A mesa foi marcada por relatos contundentes sobre a precarização das condições de segurança nas agências. Os representantes destacaram o fechamento de unidades físicas, especialmente nos grandes bancos, o que tem gerado demissões e aumentado a pressão sobre os locais que permanecem abertos. Em muitos casos, os próprios bancários estão sendo obrigados a abastecer os caixas eletrônicos (ATMs), função que deveria ser realizada exclusivamente por empresas de segurança especializada.
Outro ponto de preocupação é a atuação dos bancos junto a casas legislativas para retirada das portas giratórias de segurança das agências, medida que coloca em risco a integridade de trabalhadores e clientes. É o caso da aprovação recente do PL 434 em Minas Gerais, apesar dos apelos do Sindicato. As chamadas “agências de negócios”, modelo cada vez mais adotado, também foram criticadas por não contarem com estrutura de segurança adequada.
Os idosos têm sido, particularmente, prejudicados com o avanço do autoatendimento e da digitalização, tornando-se alvos frequentes de golpes e fraudes. A falta de suporte presencial nas agências aumenta, ainda mais, a vulnerabilidade desse público.
Para Jair Alves, coordenador do Coletivo, o debate foi fundamental para traçar estratégias e cobrar uma postura mais responsável por parte dos bancos. “A segurança bancária precisa ser tratada como prioridade estratégica. Não podemos permitir que trabalhadores e clientes fiquem expostos a riscos por falta de investimento ou descaso com os protocolos. Nossa luta é para que a segurança acompanhe as transformações digitais e preserve a integridade de todos que utilizam os serviços bancários”, afirmou.
Entre as principais reivindicações que serão levadas à Fenaban estão:
- Avaliação dos planos de segurança das agências pela Polícia Federal
- Proibição de abertura de terminais de autoatendimento por funcionários
- Obrigatoriedade de sinalização externa nas agências sobre a inexistência de numerário no local
- Visitas técnicas aos centros de segurança dos principais bancos
- Participação de representantes da Polícia Federal e especialistas no seminário nacional
- Manutenção dos vigilantes mesmo nas agências transformadas em lojas e em unidades de atendimento
- Manter portas com detectores de metais onde já existem
- Proibição de funcionários manusearem, sob qualquer pretexto, os TAAs, principalmente em lojas ou unidades de atendimento
Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT