Paralisações em oito cidades cobram o fim do fechamento de agências e demissões no Itaú

08/07/2025

Itaú
Paralisações em oito cidades cobram o fim do fechamento de agências e demissões no Itaú

Nesta terça-feira, 8, acontece o Dia Nacional de Luta contra o fechamento de agências e demissões no Itaú. Oito agências foram parcialmente paralisadas na base do Sindicato, abrangendo as cidades de Betim, Matozinhos, Pará de Minas, Mariana, João Monlevade, Conselheiro Lafaiete e São João del-Rei. Além disso, foi realizado um ato fúnebre na agência Comércio, em Santa Luzia. A mobilização contou com cruzes simbolizando cada unidade fechada e um funeral simbólico em memória de funcionários e agências.

Apenas no primeiro semestre de 2025, o Itaú já fechou 120 agências pelo Brasil e 12 em Belo Horizonte e região, demonstrando sua irresponsabilidade com a categoria bancária e com a população, que fica desassistida e impossibilitada de receber atendimento presencial. E outras duas unidades já têm previsão de serem fechadas em agosto.

A mobilização nacional cobra que o Itaú tenha responsabilidade social e respeite os responsáveis pelos lucros que aumentam a cada ano. Além disso, pede que o banco tenha consideração com os clientes que estão ficando sem opção de atendimento presencial.

Bancários demitidos = piora no atendimento 

O fechamento de agências traz consigo a demissão de inúmeros trabalhadores. Com equipes reduzidas, os bancários que permanecem ficam sobrecarregados, o que compromete a qualidade do atendimento prestado à população e contribui para o adoecimento mental dos bancários. 

"Ainda que o banco garanta a realocação dos funcionários das agências fechadas, sabemos que isso não acontece na prática. Geralmente, o banco transfere estes trabalhadores para vagas que já estavam vazias. Ou seja, vindas de demissões anteriores. Então, na prática, o quadro de funcionários continua reduzido", explicou Valdenia Ferreira, funcionária do Itaú e diretora de Saúde do Sindicato. 

Ramon Peres, presidente do Sindicato, relembra que os bancos têm a obrigação de assumir sua responsabilidade social. "O Itaú só atua no Brasil, pois recebeu uma autorização do Banco Central para isso. Então, o banco tem o dever de atender a população com qualidade e isso claramente não está acontecendo. Pelo contrário: o que vemos são pessoas sendo obrigadas a se deslocar longas distâncias, muitas vezes até para outras cidades, em busca de atendimento. Isso é inaceitável!", destacou.

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