Audiência pública expõe falta de justificativas plausíveis para a extinção do BDMG Cultural

10/05/2024

BDMG
Audiência pública expõe falta de justificativas plausíveis para a extinção do BDMG Cultural

Fotos: SEEB-BH e Henrique Chendes/ALMG

A falta de justificativas plausíveis do governo Zema para acabar com o BDMG Cultural ficou explícita em audiência pública realizada na Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta quinta-feira, 9. O Sindicato participou do evento representado por diversos diretores e diretoras. Rogério Tavares, secretário-geral da entidade, compôs a mesa que também contou com a presença de parlamentares, representantes do setor cultural e do governo estadual.

A audiência foi realizada após requerimento da deputada estadual Lohanna (PV), que cobrou explicações para a dissolução de um Instituto que contribuiu muito para a cultura no estado nos últimos 35 anos. Ela questionou a decisão de fechamento de forma apressada, sem comunicação prévia e sem consulta e anuência da Associação dos Funcionários do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (AFBDMG), que é sócia e fundadora do BDMG Cultural.

Rogério Tavares afirmou que o Sindicato está mobilizado em defesa de seus representados, os servidores do BDMG. “Eles são contra esse processo, principalmente pela maneira como ele foi conduzido, sem escutar seus representantes”, explicou. “Temos notícias, inclusive, através de denúncias de servidores, de assédio moral e sofrimento psíquico causado por esse processo atropelado. Os funcionários não querem a extinção do BDMG Cultural e nós, como Sindicato e representantes desta categoria, os apoiamos”, completou.

Rogério também destacou que o BDMG está na contramão, já que mesmo bancos privados, como Itaú e Bradesco, fomentam a cultura no Brasil e contam com seus próprios centros culturais. O mesmo ocorre com bancos públicos federais, como a CAIXA e o Banco do Brasil.

Respostas vazias

Diante dos questionamentos de diversos representantes da ALMG e da cultura em Minas Gerais, o presidente da Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP), nomeado o liquidante do BDMG Cultural, se limitou a dizer que não sabe os motivos por trás da extinção do Instituto e que a FAOP apenas acolheu uma missão que lhe foi dada, de incorporar e dar continuidade a projetos.

Da mesma forma, a secretária de Estado Adjunta de Cultura e Turismo, Josiane Miriam de Souza, trouxe respostas evasivas, afirmando que o objetivo é dar mais capilaridade às iniciativas do BDMG Cultural, mesmo concordando com a efetividade do atual trabalho do Instituto.

Diante da falta de explicações, a deputada Lohanna sugeriu, como uma das estratégias para fazer frente à ameaça de encerramento, a impetração de mandado de segurança, por meio de entidades que representam os funcionários, já que está caracterizada violação imediata de direito, até que o BDMG e o governo estadual apresentem as análises em que se basearam para decidir pela dissolução.

Saiba mais no site da ALMG (clique aqui) e veja, abaixo, o vídeo da audiência na íntegra:

 

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com ALMG

 

Outras notícias