Foi realizado, nesta quarta-feira, 19, o Seminário Saúde Mental e Trabalho, organizado pela Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora de Belo Horizonte (CISTTBH). O Sindicato e a Fetrafi-MG participaram do evento, que contou com mesas de debate sobre assédio e violência no trabalho, bem como experiências em promoção à saúde mental do trabalhador.
Luciana Duarte, secretária de Saúde da Fetrafi-MG, diretora do Sindicato e membro da CISTTBH, falou sobre as “Mudanças no mundo do trabalho e seus reflexos na saúde mental", fazendo um resgate histórico dos fatores que levam ao adoecimento da categoria bancária. A dirigente destacou a importância da organização sindical para o enfrentamento da LER/DORT, na década de 90, e hoje sobre o adoecimento psíquico da categoria, causado pelo assédio moral e a gestão violenta dos bancos. As novas tecnologias ditam o ritmo do trabalho cada vez mais estressante. Veja, aqui, as informações apresentadas.
“A tecnologia, por si só, nós sabemos, não é a vilã da história. Na pandemia, a tecnologia foi fundamental para a criação da vacina e para resolver outras questões. O problema é a precarização das leis trabalhistas, inclusive a Reforma Trabalhista, e o sucateamento dos órgãos de fiscalização trabalhista”, pontuou Luciana Duarte.
Marco Aurélio Alves, coordenador municipal da CISTTBH e diretor do Sindicato, destacou o cenário de adoecimento mental dos trabalhadores. “O ambiente nos bancos, com pressão para o cumprimento de metas cada vez mais absurdas, tem gerado consequências para os trabalhadores, como sofrimento mental, depressão e síndrome de burnout. O Seminário vem no sentido de apontar estratégias de organização e de atuação dos sindicatos e da categoria", ressaltou.
O diretor do Sindicato também mediou a mesa "Assédio e violência no trabalho", que contou com a participação do procurador do Ministério Público do Trabalho, Hudson Machado Guimarães e da vice-presidente do Conselho Regional de Enfermagem (Coren/MG), Maria do Socorro Pena. Foram debatidas as várias formas de assédio presentes no ambiente do trabalho, como o abuso verbal, físico, sexual, eleitoral e até religioso. A prevenção e punição adequada aos assediadores foram apontadas como formas efetivas de proteção à saúde mental dos trabalhadores.
Denuncie o Assédio Moral – Não fique calado diante do assédio moral! O combate a esta grave realidade, muitas vezes institucionalizada nos bancos, é uma prioridade para o Sindicato. Clique aqui para fazer uma denúncia.
Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Fetrafi-MG