A CAIXA atendeu o questionamento da representação das empregadas e empregados e, nesta terça-feira, 25, apresentou a proposta de “reposicionamento estratégico da sua rede de varejo”. Trata-se da transformação de agências físicas com menor volume de transações, clientes e participação financeira em unidades digitais. A reestruturação atingirá 128 agências, das quais 117 serão transformadas e 11 fechadas.
“É importante ocuparmos o espaço digital para oferecer serviços de qualidade com taxas mais baratas para os clientes que hoje são reféns das altas taxas das fintechs. Mas a CAIXA não pode abrir mão de estar em todos os lugares para cumprir sua missão de atender quem mais precisa. Temos que ter capilaridade para disputarmos também os clientes nas agências físicas”, disse coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), Rafael de Castro.
Mantenha o foco
Com a medida, o banco aumentará o número de agências digitais das 60 que já possui para 177. O banco justifica que, atualmente, 43% das transações na CAIXA já são realizadas de forma digital. Segundo o banco, o objetivo é modernizar as operações e melhorar o atendimento, sem deixar de focar da humanização. O banco disse, ainda, que pretende expandir a atuação em cidades e localidades com mais de 40 mil habitantes, garantindo presença em todas as microrregiões do país.
A CEE avalia que é preciso focar no atendimento social, com oferta de linhas de crédito e bancarização em benefício da grande parcela da população carente de serviços bancários e taxas mais baratas.
Impacto nos empregados
Os dados apresentados pela CAIXA mostram que 1.009 empregadas e empregados trabalham nas 128 agências que serão atingidas. Aqueles que não forem transferidos para as 117 unidades digitais, reforçarão equipes de agências físicas próximas. O banco garantiu que não haverá necessidade de grande deslocamento para o novo local de lotação e que este será sempre no mesmo município. Segundo a CAIXA, nenhum empregado perderá função ou remuneração.
Nos próximos dias, a CAIXA deve se reunir com superintendes regionais e gerentes gerais. Em seguida, fornecerá os dados e a lista das unidades a serem atingidas, e o regramento da transição para que as representações dos trabalhadores possam acompanhar o processo.
O banco antecipou que todos os empregados poderão manifestar o interesse em atuar nas unidades digitais. A preferência, no entanto, será para pessoas com deficiência, ou responsáveis por dependentes PcD, devido à estrutura mais adequada de atendimento e maior possibilidade de flexibilização de jornada.
Atenção com clientes e empregados
“É sempre um trauma o fechamento de uma agência. Antes de efetivar a mudança de perfil de uma unidade, é preciso que a Caixa faça uma comunicação muito bem-feita com os clientes e com os empregados, para evitar traumas desnecessários. Não é suficiente apenas uma cartinha informativa”, disse o presidente da Fenae, Sergio Takemoto, reforçando que é preciso estrutura adequada também para receber as unidades digitais.
A CAIXA garantiu que a equipe de treinamento do pessoal e preparação da transição será multidisciplinar e proativa. A previsão é que em 60 dias após o início do treinamento a transformação de agência física seja concluída, sempre com comunicados pessoais, não apenas por meio de correspondência, tanto para os clientes quanto para os empregados.
Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT