Menos metas, mais saúde: Sindicato promove ato contra a gestão adoecedora dos bancos
24/07/2024
Notícias
Por menos metas, mais saúde e condições dignas de trabalho, bancárias e bancários se mobilizam em todo o Brasil nesta quarta-feira, 24. O Sindicato promoveu um ato em frente à sede do Banco Inter, em Belo Horizonte, e distribuiu informativos sobre o adoecimento em massa devido às pressões e cobranças abusivas por metas. A mobilização também se dá pelas redes sociais com a hashtag #MenosMetasMaisSaúde
O ato contou com participação do vereador Pedro Patrus (PT-BH) e de outras categorias, com representação do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos do Estado de Minas Gerais (Sindágua MG) e do Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais (Sindieletro-MG).
"Os adoecimentos têm aumentado assustadoramente. Só no primeiro semestre de 2024, o número de bancários que procuraram atendimento no Departamento de Saúde do Sindicato dobrou em relação ao ano passado. É muita pressão, metas abusivas e assédio. O que estamos pedindo é o fim do modelo de gestão adoecedor que está sendo utilizado pelos bancos, que só visa resultados e lucro. Não valoriza a vida e a saúde dos funcionários”, cobrou a diretora de Saúde do Sindicato, Valdenia Ferreira.
O Dia Nacional de Luta ocorre na véspera da quinta rodada de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A mesa desta quinta-feira, 25, tratará exatamente da questão das metas e das condições de trabalho.
A sobrecarga de trabalho nos bancos, que envolve a falta de funcionários e metas cada vez mais elevadas, tem gerado quadros graves de adoecimento em bancárias e bancários. De acordo com o INSS, em relação ao total dos afastamentos por adoecimento mental no Brasil, os de bancários corresponderam a 25% em 2022.
“Em pesquisa recente que fizemos em parceria com a Universidade de Brasília, 80% de bancárias e bancários afirmaram ter adoecido por causa do trabalho no último ano. É um quadro gravíssimo de adoecimento generalizado da categoria, que se dá por um modelo de gestão que desumaniza trabalhadores. Não somos máquinas, não somos números. Somos bancários e queremos respeito”, destacou o presidente do Sindicato, Ramon Peres.