O Grupo de Trabalho sobre o Saúde Caixa, composto por representantes do banco e dos trabalhadores, se reuniu nesta quarta-feira, 31, para analisar números do plano e debater soluções para a melhoria da rede de atendimento.
“Esperamos que, com o retorno de estruturas regionais de gestão de pessoas, seja possível fazer os acertos necessários no plano, para melhorar a rede de atendimento e, desta forma, o Saúde Caixa preste um serviço com mais qualidade aos usuários”, disse o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Rafael de Castro. “Também queremos que, administrativamente, haja transparência nas informações, com o fornecimento de dados e de custos, de forma que possamos analisá-los para buscar a redução das despesas e o consequente barateamento das mensalidades pagas pelos usuários”, completou Rafael.
Segundo os responsáveis do banco pelo Saúde Caixa, está em andamento um processo de fortalecimento da rede credenciada, com atuação direcionada para regiões com baixa disponibilidade. Porém, de acordo com dados apresentados, o maior número de credenciamentos ocorreu onde já há maior quantidade de prestadores. Além disso, os representantes dos empregados avaliam que, mesmo onde a CAIXA avalia que a rede está “saturada”, são enfrentados problemas e muitos descredenciamentos.
Os representantes do banco disseram que há maior dificuldade para credenciamento em certas regiões devido à concentração de médicos na região Sudeste e, no máximo, em algumas capitais de estados de outras regiões.
Comitês de credenciamento e descredenciamento - O banco confirmou que vai atender à reivindicação do movimento sindical para que os comitês regionais de credenciamento e descredenciamento voltem a operar. Com estrutura física e de pessoal, as Gipes e as Repes, podem-se buscar soluções mais apropriadas e com olhar local para a rede. Ainda falta, porém, que o banco apresente mais detalhes.
Teto de custeio com saúde - A representação dos trabalhadores reafirmou a necessidade de se acabar com o teto de gastos da CAIXA com a saúde de empregadas e empregados, definido no estatuto do banco em 6,5% da folha de pagamentos. O teto de custeio impede que o banco cubra os 70% dos custos do Saúde Caixa, como definido no Acordo Coletivo. Hoje, segundo números apresentados na reunião, a CAIXA paga apenas 52% dos custos do Saúde Caixa e os usuários 48%.
Outros pontos
Os trabalhadores questionaram a inclusão dos custos do PAMS, antigo plano de saúde dos empregados, nos déficits do Saúde Caixa e voltaram a pedir a abertura dos dados de custeio dos afastamentos para tratamento de doenças ocupacionais ou acidentes de trabalho (B91), para impedir que os mesmos sejam custeados pelo Saúde Caixa e não pelo banco, como devem ser.
Os representantes do banco informaram que será iniciado um processo de integração das informações de saúde, de forma que o Saúde Caixa possa realizar a medicina preventiva. As medidas fazem parte de melhorias no Programa de Controle Médico da Saúde Ocupacional (PCMSO), uma reivindicação antiga dos trabalhadores.
Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT