Saúde e condições de trabalho foram os temas debatidos na terceira negociação entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander e a direção do banco sobre o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). A mesa ocorreu na manhã desta sexta-feira, 2, na sede da Contraf-CUT em São Paulo.
“Em três rodadas de negociação, apresentamos nossas propostas e ainda não tivemos retorno do banco sobre as reivindicações. Cobramos do Santander que, na próxima mesa, traga algo concreto e positivo para os trabalhadores e trabalhadoras”, afirmou Paula Moreira, diretora do Sindicato e membro da COE Santander.
Aposentados - A primeira reivindicação apresentada foi a manutenção da assistência médica aos aposentados, com mais de cinco anos de banco, nas mesmas condições da ativa. “Só as tarifas pagas pelos clientes pagam duas vezes a folha salarial dos funcionários do banco. Não é possível que só os acionistas sejam beneficiados. Os trabalhadores se esforçaram muito pelo crescimento da empresa e na hora que mais precisam são abandonados”, reforçou a representante da Contraf-CUT nas negociações, Rita Berlofa.
Plano de saúde de qualidade - Para o plano de saúde dos funcionários da ativa, os trabalhadores reivindicam qualidade e ampla rede de atendimento credenciada, com ampla cobertura médica e hospitalar, sem qualquer distinção em relação a cargos ou funções. “Quando nós reivindicamos o plano de saúde de qualidade é para todos os trabalhadores do Brasil. Outra questão importante é a falta de reembolso para a grande maioria dos funcionários. Queremos equidade de condições e de tratamento”, apontou Wanessa Queiroz, coordenadora da COE Santander.
Coparticipação - Em relação a portadores de doenças crônicas, degenerativas, Aids, pessoas com deficiência (PCDs) e neurodivergentes, a reivindicação é que não haja coparticipação. Para os funcionários em geral, a COE reivindicou que a cobrança não ultrapasse 10% dos salários, além de transparência nas informações do contrato.
Metas – Outra reivindicação é que haja suspensão de metas, após retorno de licença saúde, por um período de 60 dias, sem que haja prejuízo financeiro. A representação dos funcionários destacou a carga de pressão e o adoecimento mental sofridos pela categoria bancária.
Teletrabalho e trabalho externo - A pauta específica pede também melhores condições de trabalho e fornecimento de aparelhos de telefone a funcionários que estão em teletrabalho e trabalho externo, essenciais à execução de suas atividades.
Respostas - O Santander se comprometeu a trazer uma resposta das cláusulas sociais na próxima reunião, agendada para 9 de agosto. Foi marcada ainda outra reunião, para discutir as cláusulas financeiras, no dia 16 de agosto.
Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT
