COE e Santander debatem saúde e condições de trabalho

09/08/2024

Santander
COE e Santander debatem saúde e condições de trabalho

Na manhã desta sexta-feira, 9, foi realizada a quarta negociação entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander e o banco para renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). No encontro, a pauta foi saúde e condições de trabalho. A diretora do Sindicato e funcionária do Santander, Paula Moreira, integra a COE e participou da mesa.

Entre as principais demandas, destaca-se a prioridade para trabalhadores com deficiência na transição para o teletrabalho ou trabalho remoto, assim como para funcionários com filhos com deficiência e/ou neurodivergentes. Em casos que não for possível o trabalho remoto, deverá ser garantida redução de jornada nos dias presenciais, sem desconto no salário.

Outro ponto central das negociações foi teletrabalho e trabalho externo. A COE solicitou que o Santander forneça celular corporativo para os empregados que também desempenham atividades externas. A representação dos trabalhadores também enfatizou a importância de garantir a comunicação direta e individualizada entre os representantes sindicais e os funcionários que atuam nessas modalidades.

"O nosso objetivo é garantir que todos os trabalhadores do Santander, especialmente aqueles que enfrentam maiores desafios, como pessoas com deficiência ou que têm filhos neurodivergentes, tenham condições de trabalho que respeitem suas necessidades específicas”, afirmou a coordenadora da COE Santander, Wanessa Queiroz.

Prevenção de riscos laborais - A proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores também foi discutida. A COE reivindicou a criação de um Grupo de Trabalho (GT) paritário com a missão de eliminar ou reduzir riscos no ambiente laboral, com atribuições e prazos definidos. Além disso, a análise ergonômica incluirá prevenção contra riscos de violência, tanto internos quanto externos, garantindo apoio e acompanhamento médico e psicológico aos trabalhadores.

Desconexão – A COE cobrou que os trabalhadores tenham direito a se desconectar fora do horário de trabalho legalmente estabelecido, garantindo-lhes descanso e privacidade. Para isso, o movimento sindical solicita fornecimento de equipamentos para o desempenho das funções e a proibição de seu uso fora do horário de expediente. “É impossível a desconexão quando o trabalhador usa o celular próprio. Por isso, é fundamental que o aparelho seja cedido pela empresa”, enfatizou a diretora da Contraf-CUT Rita Berlofa.

Privacidade – A cláusula da desconexão também trata da garantia de privacidade, limitando o uso de tecnologias de vigilância e controle digital. Ela estabelece, ainda, o direito dos funcionários de não serem submetidos a decisões automatizadas sem intervenção humana, assegurando a participação dos sindicatos em casos de uso de inteligência artificial em tomadas de decisão.

A direção do Santander se comprometeu a apresentar uma resposta global às demandas entre os dias 22 e 23 de agosto.

 

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT

 

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