BB segue crescendo e lucra R$ 28,3 bilhões nos nove primeiros meses de 2024
21/11/2024
Banco do Brasil
O Banco do Brasil obteve aumento de 8,4% no lucro líquido, de janeiro a setembro deste ano, em comparação ao mesmo período de 2023. Em valores, isso significa R$ 28,32 bilhões a mais nos recursos da empresa pública de capital misto. Somente no terceiro trimestre, o lucro líquido chegou a R$ 9,52 bilhões. Em nota, o BB explica que o resultado se deu, principalmente, pelo desempenho positivo da margem financeira bruta, que no período cresceu 13,9%.
Dados analisados pelo Dieese mostram que, ao final de setembro, o BB contava com 87.101 funcionários – aumento de 2.389 postos de trabalho em 12 meses, porém redução de 29 postos no trimestre. Já o número de clientes, considerando correntistas, poupadores e beneficiários do INSS, cresceu 2,5 milhões em um ano, alcançando 85,01 milhões.
No período de 12 meses, houve redução de uma agência tradicional, totalizando 3.171 em setembro de 2024. Por outro lado, aumentou em 14 o número de agências digitais e especializadas, totalizando 826.
As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias tiveram aumento de 4,8% e alcançaram R$ 26,29 bilhões em setembro de 2024. No mesmo período, as despesas com pessoal, incluindo o pagamento da PLR, totalizaram R$ 23,94 bilhões, aumento de 4,0% em relação ao mesmo período do ano passado.
"Esse aumento nas despesas, sobretudo na PLR, é resultado do reajuste salarial da categoria que, por sua vez, é fruto da conquista que as funcionárias e funcionários do BB obtiveram na campanha salarial deste ano", explica a coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes.
A coordenadora da CEBB explicou que o debate em torno da pressão por metas continua sendo a principal demanda dos funcionários. "Não adianta que o lucro continue aumentando enquanto aumentam também casos de trabalhadores adoecidos, porque a busca por lucro nas agências vem acompanhada de competição acirrada, que impacta no ambiente de trabalho, tornando-o adoecedor. É preciso priorizar a qualidade de vida no trabalho, saúde e não o lucro a qualquer custo", pontuou.
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Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT