Democracia no Brasil não pode voltar a ser ameaçada

27/11/2024

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Democracia no Brasil não pode voltar a ser ameaçada

O noticiário político do Brasil ganhou ares graves e pesados, nas últimas semanas, com as revelações feitas pela Polícia Federal do planejamento de um golpe de Estado a ser perpetrado após as últimas eleições presidenciais em 2022. Integrantes do governo federal e militares pretendiam não apenas afrontar a decisão soberana do povo nas urnas, como também assassinar a chapa vitoriosa e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

A ameaça, que por pouco não se concretizou, colocou em risco o Estado Democrático de Direito no Brasil, as instituições democráticas arduamente construídas e fortalecidas desde o fim da ditadura militar e os direitos do povo brasileiro.

Há muito tempo, se especulava até onde haviam chegado os intentos golpistas do último governo. O ex-presidente nunca demonstrou apreço pela democracia e, reiteradas vezes, defendeu o regime militar que matou e torturou milhares de brasileiros que se opuseram ao autoritarismo e à opressão. Já no governo, trabalhou todos os dias para deslegitimar o processo democrático e lançar dúvidas sobre a lisura das eleições em nosso país.

Agora, fica evidenciado o que realmente aconteceu nos bastidores desde antes da eleição de Lula. Uma organização criminosa de extrema-direita, que tentou se apossar do país, conspirava diariamente pela subversão dos valores democráticos e pela chamada “neutralização” de candidatos eleitos pelo povo. Desejavam o caos social e a desordem para atingir seus objetivos, o que inclusive culminou nas lamentáveis cenas de destruição e ataque às instituições no dia 8 de janeiro de 2023.

Mais do que isso, a extrema-direita representa um projeto de poder e de tomada do Estado para cumprir objetivos muito claros: beneficiar seus aliados, atacar e destruir a proteção social dos brasileiros, exterminar direitos dos trabalhadores e impor um pensamento único em que a diversidade, a inclusão e a diferença não têm vez.

“É inacreditável o que se está revelando, mas sempre denunciamos a verdadeira face da extrema-direita. Não vivemos em um regime de exceção no Brasil, hoje, por causa da força das instituições, do trabalho firme do Poder Judiciário e da resistência dos movimentos sociais. O ex-presidente e toda a organização criminosa que ele lidera não têm qualquer compromisso com nossa democracia, com as trabalhadoras e os trabalhadores ou com a justiça social. Por isso, temos que permanecer firmes e organizados contra qualquer ataque à democracia, em defesa de um Brasil que olhe para todas e todos os seus cidadãos”, destacou Ramon Peres, presidente do Sindicato.

 

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