A Contraf-CUT enviou, nesta quinta-feira, 20, um ofício à CAIXA pedindo explicações sobre cobranças abusivas de metas e assédio.
“Os sindicatos estão recebendo relatos de que estão sendo estipuladas metas individualizadas por gerente, com objetivo diário, semanal e mensal a serem cumpridos e, caso não sejam alcançadas, o que não for cumprido acumula para o dia seguinte. Além disso, há a exposição constrangedora daqueles que não alcançam os resultados”, disse o diretor da coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), Rafael de Castro, ao lembrar que tanto rankings individuais, quanto o constrangimento não são permitidos pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria. “E, para além da CCT, a Justiça tem classificado o constrangimento como assédio e condenado as empresas que têm essa prática”, completou.
Além da meta
Segundo relatos, as cobranças são pelo cumprimento das metas da CAIXA, além de outras específicas das Superintendências Regionais, com objetivos maiores do que as estipuladas pelo banco, com a finalidade de se buscar o “destaque nacional”. Como justificativa para o “desenvolvimento da equipe”, ocorre mensuração de produção individual, o que gera disputas e justifica transferências (promoções e descensos) conforme o resultado.
No ofício, a Contraf-CUT observa que as cobranças são de que não basta apenas estar no azul. “É preciso entregar todas as metas do Time de Vendas (TDV), das campanhas e o sprint que a SR pedir. E, mesmo que se tenha cumprido as metas individuais e de agência, se a SR ou Sev de vinculação estiver abaixo da meta, mesmo com a agência estando no azul, é preciso fazer mais para que a SR ou a Sev alcance o seu objetivo”, diz um trecho do texto. Além disso, há denúncias de que gerentes que apresentam questões propositivas em relação a estas práticas estão sendo assediados.
“Cobramos da CAIXA uma reunião o mais rápido possível para tratar sobre esses temas”, informou o coordenador da CEE/Caixa.
Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT