Abril Verde: Dia Mundial da Saúde acende alerta para o bem-estar de bancárias e bancários

07/04/2025

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Abril Verde: Dia Mundial da Saúde acende alerta para o bem-estar de bancárias e bancários

A rotina intensa, marcada por prazos apertados e a constante pressão por resultados, é uma realidade compartilhada por bancárias e bancários em todo o país. Em meio a esse cenário desafiador, o mês de abril ganha um significado ainda mais profundo com a chegada do Dia Mundial da Saúde, celebrado neste 7 de abril. A data acende o alerta sobre a necessidade de priorizar a saúde física e mental dos trabalhadores.

Desde sua criação pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 7 de abril de 1948, com as celebrações tendo início em 1950, o Dia Mundial da Saúde tem sido um marco para a conscientização global sobre o bem-estar da população. Para a categoria bancária, a convergência com o Abril Verde explicita a urgência de um debate contínuo e da implementação de medidas efetivas que vão além da segurança física no ambiente de trabalho, abrangendo a qualidade de vida integral dos trabalhadores.

Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT, observa que a saúde dos bancários é um pilar essencial para a sustentabilidade do próprio setor. "Não se trata apenas de ausência de doenças, mas de promover um ambiente de trabalho que favoreça o bem-estar integral, com políticas de prevenção, acompanhamento e apoio aos profissionais", afirma.

As estatísticas revelam uma realidade preocupante dos trabalhadores bancários, com queixas frequentes de lesões por esforços repetitivos (LER/DORT), problemas posturais, níveis elevados de estresse e ansiedade, que invariavelmente transbordam para a esfera pessoal. Uma pesquisa com a categoria realizada em 2023, junto à Universidade de Brasília (UnB), revelou que 76,5% dos entrevistados relataram ter enfrentado ao menos um problema de saúde relacionado ao trabalho.

Avanços na NR-1

Visando garantir a segurança e a saúde no ambiente de trabalho, em maio de 2025, vão acontecer alterações importantes na Norma Regulamentadora 1 (NR-1). As mudanças vão contemplar a inclusão da saúde mental nos Programas de Gerenciamento de Riscos (PGR), a gestão de riscos psicossociais e a prevenção de assédio e violência no local de trabalho. 

"Essas mudanças representam um avanço importante na valorização da saúde mental no ambiente de trabalho. Infelizmente, vivemos um cenário em que o adoecimento mental se torna cada vez mais comum. Por isso, promover um ambiente de trabalho equilibrado e seguro é essencial para proteger os trabalhadores, especialmente a categoria bancária, que é impactada pela ansiedade, pelo Burnout e por outros efeitos das pressões diárias", destacou Valdenia Ferreira, diretora de Saúde do Sindicato. 

Papel do movimento sindical

O movimento sindical tem desempenhado um papel crucial ao promover debates e a busca por soluções à saúde do trabalhador. Um marco importante dessa luta foi a inclusão explícita do termo "assédio moral" nas negociações da renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), em 2024, reconhecendo a relação direta do assédio com o adoecimento.

 

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT

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