Representantes dos empregados cobram explicação sobre desligamentos de telefonistas da CAIXA
25/04/2025
Notícias
Na tarde desta quinta-feira, 24, a Comissão Executiva de Empregados da CAIXA (CEE) cobrou explicações da direção do banco sobre a possibilidade de demissão de três mil telefonistas terceirizadas que prestam serviços em agências bancárias de todo o país. Não houve qualquer comunicação prévia da CAIXA sobre os desligamentos, que pegaram empregados de surpresa.
Para a CEE/Caixa, embora as telefonistas não façam parte do quadro de empregados efetivos, as demissões impactam, diretamente, o dia a dia dos bancários que atuam nas agências, unidades e departamentos do banco.
“Encaramos essas demissões como um movimento muito abrupto”, afirmou Rafael Castro, coordenador da CEE. Além disso, segundo ele, caso essas demissões se confirmem é fundamental que a CAIXA ofereça apoio a essas profissionais que, por tantos anos, contribuíram para o bom funcionamento da empresa e auxiliaram os empregados das unidades.
Os representantes dos empregados reforçaram que, sendo a CAIXA um banco de cunho social, é inadmissível que realize demissões sem debater, apresentar estudo prévio e oferecer uma alternativa que trate com dignidade esses colegas. Muitas dessas trabalhadoras estão há 15 ou 20 anos nas unidades e são arrimo de famílias. “Temos de cuidar de todos os trabalhadores, mesmo que não sejam bancários”, concluiu Rafael de Castro.
Para a representante eleita pelos empregados no Conselho de Administração da CAIXA, Fabiana Uehara Proscholdt, ainda que não seja uma decisão do CA, é algo que impacta na imagem da empresa e afeta o dia a dia de todas nas unidades afetadas.
“Entendo ser extremamente importante a abertura do diálogo entre direção e representação dos trabalhadores, e acredito que é possível ter um meio termo entre alinhar a necessidade de eficiência e o papel social de nossa empresa. Como outros assuntos vou continuar acompanhando até porque quem constrói a Caixa todos os dias são todos os trabalhadores que estão nela", ressaltou a conselheira.
Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT