Sindicato participa de Audiência Pública sobre demissões e terceirizações no Santander

Nesta segunda-feira, 19, o Sindicato participou de uma Audiência Pública na Câmara Legislativa do Distrito Federal para debater os impactos do modelo de negócios do Santander, com terceirizações e outras medidas que têm gerado prejuízos diretos a trabalhadores e clientes em todo o país.  A audiência foi promovida pelo deputado distrital Chico Vigilante (PT/DF), em parceria com diversas entidades. Paula Moreira, diretora do Sindicato e representante da Fetrafi-MG na Comissão de Organização dos Empregados (COE), participou do evento. 

O Santander, no entanto, não compareceu à audiência. O convite formal foi enviado ao superintendente de Relações Sindicais, Marcelo Couto, que se ausentou. A ausência foi interpretada como sinal claro do desprezo da instituição diante das denúncias de práticas abusivas.

Em resposta por ofício, o Santander confirmou o recebimento do convite, mas alegou que os impactos do fechamento das agências são tratados em instâncias como o Banco Central e a FEBRABAN. Porém, a justificativa foi considerada insuficiente diante da gravidade das denúncias e da ausência de um diálogo direto com os representantes dos trabalhadores e da sociedade civil organizada.

Entenda o que está acontecendo

O banco tem fechado agências, precarizado vínculos e transferido suas operações para empresas coligadas e terceirizadas, sem oferecer segurança jurídica nem institucional. A terceirização compromete salários, PLR e outros direitos garantidos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria. Assim, mesmo continuando com as mesmas funções, os trabalhadores passam a ter menos direitos, maiores jornadas e menores remunerações. 

“O que o Santander está fazendo é fraudar contratações para retirar, de seus funcionários, a proteção da CCT da categoria bancária. É um ataque contra décadas de mobilização e também um desrespeito com os clientes, que percebem a queda na qualidade dos serviços e, cada vez mais, dificuldade em encontrar uma agência física quando precisam de atendimento presencial. Vamos seguir denunciando a postura do Santander e atuando contra este absurdo”, destacou Paula Moreira.

Ao final da audiência, foi anunciada a mobilização para provocar novas audiências com o presidente do Banco Central, o secretário da Receita Federal e a Secretaria Nacional do Consumidor. Também será proposta a ampliação do debate para municípios onde o Santander ainda atua.

Veja a Audiência Pública na íntegra: 

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com informações do portal de Chico Vigilante