CAIXA precisa de mais contratações para melhorar condições de trabalho e atender bem a população
22/05/2025
Caixa Econômica Federal
No dia 15 de maio de 2025, foi realizado um Ato Público, em Brasília, cobrando providências da CAIXA em relação ao Concurso de 2024. Na ocasião, participaram várias entidades, como o Sindicato dos Bancários de Brasília, a Fetec-CUT-CN, a CUT-DF, a deputada Erika Kokay e a Comissão do Excedentes do concurso, representada por Alberto Loiola e Marcos Siqueira.
Como o Sindicato já vem alertando há anos, empregadas e empregados da CAIXA sofrem com sobrecarga, adoecimento e até afastamentos por problemas de saúde. O concurso realizado em 2024 foi feito para preencher 4.050 vagas, sendo 2 mil para Técnico Bancário Novo, 2 mil para Técnico Bancário TI e 50 para nível superior.
Porém, o levantamento do banco para as novas contratações ocorreu antes da realização do último Programa de Desligamento Voluntário (PDV), complicando ainda mais a situação com relação ao dimensionamento. A adesão ao PDV superou as expectativas da CAIXA, e mais de 4 mil empregadas e empregados, em todo o Brasil, deixaram seus postos de trabalho.
Levando em conta Minas Gerais, um dos estados mais prejudicados com o coeficiente das vagas, o PDV teve adesão de 652 empregados. Já a quantidade de vagas geradas no edital foi de apenas 83 imediatas e 23 em cadastro de reserva, com um total de 106 postos de trabalho, o que representa um passivo de 546 vagas.
Para corroborar a real situação de falta de empregados e contratações, o Dieese fez um estudo e afirmou que CAIXA fechou, nos últimos 10 anos, 11.238 mil postos de trabalho, enquanto o número de clientes mais do que dobrou na última década, saindo de 71,7 milhões, em 2013, para 152,5 milhões em 2023. Com isso, a relação de clientes por empregado passou de 730 para 1.753.
Recentemente, com o escândalo do INSS, o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, afirmou que a CAIXA será o ponto de apoio para as pessoas receberem seus benefícios, o que sobrecarrega ainda os empregados. Todas as entidades que participaram do ato, em 15 de maio, apontaram que as condições de trabalho e a qualidade dos atendimentos para a população estão cada vez piores, e que são necessárias mais contratações com urgência, inclusive para que o Governo Federal execute suas políticas de forma eficiente e ofereça assistência presencial às pessoas que mais precisam.