O Banco Inter está realizando uma série de demissões que afetam, principalmente, funcionárias e funcionários com mais tempo de casa, gerando apreensão e comoção entre os trabalhadores.
"Ouvi do meu líder que, após vários anos de dedicação, minha permanência já não fazia mais sentido na empresa. Isso mostra o valor que o Banco Inter dá a seus funcionários, ou seja, nenhum", desabafou uma funcionária recém desligada, que preferiu não se identificar.
O Sindicato esclarece que, embora a demissão de funcionários mais antigos não seja ilegal por si só, ela pode ser considerada discriminatória se for baseada apenas no tempo de serviço. A entidade reforça que luta, permanentemente, pelos empregos e que o Banco Inter deve garantir que essas decisões sejam tomadas com base em critérios objetivos e que não haja discriminação contra funcionários com mais tempo de empresa.
“Também queremos deixar claro que os desligamentos têm que ser conduzidos com transparência, explicando claramente os motivos da saída dos funcionários. Além disso, é fundamental ouvir o trabalhador afetado e ter empatia diante dos sentimentos envolvidos”, ressaltou Ramon Peres, presidente do Sindicato.
Além das demissões, o Sindicato também recebeu denúncias de que o Banco Inter está implementando, em larga escala, o BPO (Business Process Outsourcing), terceirizando diversas atividades bancárias. “Vamos combater também esta prática, que tem se alastrado em bancos privados, como o Santander e agora o Inter. É inaceitável que as instituições se utilizem das terceirizações para retirar os direitos conquistados pela categoria bancária, enquanto a essência do trabalho permanece a mesma. O Inter tem que respeitar os trabalhadores e nossa Convenção Coletiva”, cobrou Ramon.