CAIXA lucra R$ 4,9 bilhões no primeiro trimestre de 2025 enquanto reduz agências e postos de trabalho

CAIXA lucra R$ 4,9 bilhões no primeiro trimestre de 2025 enquanto reduz agências e postos de trabalho

A CAIXA registrou um lucro líquido recorrente de R$ 4,9 bilhões no primeiro trimestre de 2025, o que representa um aumento expressivo de 71,5% em relação ao mesmo período de 2024. Já o lucro contábil alcançou R$ 5,8 bilhões, com alta de 133,9% em 12 meses e 27,5% no trimestre. Além disso, o patrimônio líquido da instituição cresceu 6,5% no período.

Apesar do desempenho financeiro robusto, o número de trabalhadores e unidades continua em queda. Em 12 meses, foram fechadas 117 agências, 8 postos de atendimento, 21 unidades lotéricas e 234 unidades de correspondentes Caixa Aqui. Também houve uma redução de 3.024 postos de trabalho no mesmo período, ainda que o banco tenha registrado leve crescimento de 463 empregados em relação ao trimestre anterior. Ao final de março de 2025, a instituição contava com 83.770 trabalhadores. 

As despesas de pessoal, incluindo a PLR, caíram 2,4% em 12 meses e 3,4% no trimestre. Com isso, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias foi de 78,8%, indicando menor margem de sustentação dos gastos com trabalhadores por outras fontes de receita que não o crédito.

Lucro bilionário, mas com impacto social preocupante

Embora o banco celebre seus indicadores financeiros, os números revelam uma contradição entre o lucro bilionário e a redução de sua estrutura física e humana. Para o Sindicato e a Contraf-CUT, esse modelo de gestão ignora o papel social da CAIXA e prejudica o atendimento à população, especialmente em regiões que dependem do banco público para acessar serviços essenciais, como habitação, FGTS, programas sociais e crédito rural.

“O lucro da CAIXA é reflexo da qualidade e esforço de seus trabalhadores. Esperamos que isso seja reconhecido e valorizado nas futuras negociações para avançarmos nos direitos dos empregados”, afirmou o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da CAIXA, Felipe Pacheco.


Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT

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