Cemitério de agências: Sindicato promove ato contra terceirizações, demissões e fechamentos no Santander

Chega de desrespeito, Santander! O Sindicato foi às ruas, nesta terça-feira, 10, para denunciar as práticas desonestas que vêm sendo adotadas pelo banco no Brasil. A entidade colocou 37 cruzes em frente à agência Savassi, cada uma representando a “morte” de uma unidade do banco fechada em BH e região desde 2019.

Os fechamentos de agências são acompanhados de demissões, sobrecarga para quem fica, lotação e precarização do atendimento. Além disso, o Santander tem aprofundado, nos últimos anos, uma prática perversa de terceirizações que visam tirar direitos de bancárias e bancários.

Por meio da abertura de novas empresas coligadas, o banco está transferindo funcionárias e funcionários que deixam de ser abarcados pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária. Ou seja, continuam exercendo as mesmas funções, mas têm queda nos seus rendimentos, vales menores, menor participação nos lucros, entre outros direitos conquistados durante décadas pela mobilização dos trabalhadores.

“É uma prática desleal que representa, na realidade, uma fraude nas contratações. O Santander quer diminuir seus custos piorando as condições de trabalho e desvalorizando funcionárias e funcionários. Nosso ato chamou atenção para a quantidade de agências fechadas e também para as terceirizações desenfreadas que têm aterrorizado os trabalhadores do banco”, destacou Wagner dos Santos, funcionário do Santander e diretor do Sindicato.

Para o presidente do Sindicato, Ramon Peres, o banco trata brasileiras e brasileiros com extremo descaso e adota uma postura diferente da que tem na Espanha, seu país de origem. “Continuaremos promovendo atos, protestos, paralisações, audiência públicas e o que mais for necessário para expor a verdadeira face do Santander à população. O banco tem maltratado seus trabalhadores e clientes de forma inaceitável. Basta”, reforçou.