Procon é acionado contra Itaú para garantir plano de saúde a aposentados

17/07/2025

Itaú
Procon é acionado contra Itaú para garantir plano de saúde a aposentados

A Comissão dos Aposentados do Itaú/Unibanco, com o apoio do deputado estadual Luiz Claudio Marcolino (PT-SP), reuniu-se com representantes do Procon-SP, nesta quarta-feira, 16, para denunciar os prejuízos causados pelas mudanças no plano de saúde dos aposentados. O objetivo é buscar caminhos para garantir esse direito fundamental a quem dedicou anos de trabalho ao banco.

A iniciativa do parlamentar soma-se à mobilização permanente dos aposentados, com apoio do movimento sindical, que vem pressionando o Itaú a retomar o convênio médico nos mesmos moldes garantidos quando os trabalhadores estavam na ativa.

Durante a reunião, os representantes dos aposentados formalizaram a denúncia e apresentaram os impactos concretos das alterações no plano. Apesar de se apoiar na legislação atual para negar o plano nos mesmos termos, o Itaú ignora que a reforma trabalhista de 2017 estabeleceu que acordos e convenções coletivas têm prevalência sobre a lei em temas trabalhistas. Ou seja, o banco pode – e deve – negociar uma solução com os representantes dos aposentados.

Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, destacou a importância de ampliar a pressão sobre o banco por meio de ações nos estados e municípios. Já o deputado Luiz Claudio Marcolino afirmou que esta mobilização é por respeito, dignidade e acesso à saúde.

Entenda o caso

Com o fim do período de manutenção da contribuição patronal ao plano de saúde, antes garantido pela Convenção Coletiva de Trabalho, os aposentados foram obrigados a migrar para planos individuais, com custo integral e sem qualquer subsídio da empresa. Porém, o valor do novo plano chega a R$ 1.929 por pessoa – podendo ultrapassar R$ 4 mil no caso de um casal – o que torna o convênio inviável.

Desde outubro, a situação está sendo discutida em um processo mediado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Em 3 de dezembro, houve uma negociação com participação dos aposentados, representantes do banco e do MPT, mas, até agora, sem avanços significativos. Frente ao impasse, aposentados, com o apoio dos sindicatos, intensificaram os protestos e têm promovido audiências públicas para dar visibilidade ao tema e reforçar a pressão.

 

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT

 

Outras notícias