Sindicato promove ato e paralisação em agência do Itaú que será fechada em Matozinhos

Nesta sexta-feira, 18, o Sindicato esteve em Matozinhos para cobrar responsabilidade do Itaú, que vem fechando agências em diversas cidades da base de BH e região. A mobilização, com paralisação parcial até as 12h, ocorreu na agência 3152, a única do banco no município e que já atende a população há mais de 40 anos (era do Bemge), mas o fechamento está previsto para agosto.

O ato, que recebeu amplo apoio da população, contou com um funeral simbólico em memória das unidades fechadas e dos funcionários demitidos. Além disso, foi instalada a Porta do Inferno para simbolizar o cenário insuportável vivido no banco. 

O Itaú já fechou mais de 120 agências no Brasil apenas no primeiro semestre de 2025. Por isso, o Sindicato está em mobilização permanente para cobrar responsabilidade social e respeito com funcionários e clientes. 

Prefeito apoia a mobilização

Durante a manhã, o Sindicato esteve no gabinete do prefeito de Matozinhos, Italo Borges, para dialogar sobre o fechamento da agência. O prefeito manifestou apoio à mobilização e se comprometeu a buscar formas de evitar o encerramento das atividades. Italo afirmou que irá buscar diálogo com a direção do banco para demonstrar os impactos negativos que a medida trará aos trabalhadores e à cidade como um todo.

"Com o fechamento da única agência do Itaú em Matozinhos, os clientes serão transferidos para Pedro Leopoldo. Isso significa que a população terá que se deslocar mais para conseguir atendimento presencial. Nós sabemos que muitas pessoas, especialmente as idosas, ainda dependem desse tipo de atendimento e serão diretamente prejudicadas", afirmou Valdenia Ferreira, funcionária do Itaú e diretora do Sindicato. 

Ramon Peres, presidente do Sindicato, destacou que o fechamento de agências também é prejudicial para o comércio local. "Essa prática perversa de fechamento de agências bancárias causa prejuízos enormes à população. Os pequenos comerciantes, por exemplo, sentem o impacto direto: as vendas caem e o movimento nas lojas diminui. Isso porque as agências bancárias não apenas prestam serviços financeiros, mas também estimulam a circulação de pessoas e recursos nas cidades", explicou.